“Filtro ético”? Nem pensar
Gerson Tavares
A hora está chegando e
a Marina Silva ainda não conseguiu garantir a formalização do partido na
Justiça Eleitoral, o “Rede Sustentabilidade”.
Marina Silva entrou nessa com o
compromisso de só levar gente honesta para o partido, mas na hora de colher as
assinaturas para o registro do partido, ela chegou à conclusão que esta exigência é
impossível ser cumprida, já que não existe número desses para formar um partido político.
Foi então que ela
resolveu que a coisa tem que ser flexibilizada e então será necessário "aceitar
condicionalmente" os primeiros filiados à futura legenda, mesmo não passando no filtro.
Mesmo com o estatuto do "Rede" prevendo um rigoroso filtro para as admissões, ela sentiu que não há tempo
hábil para analisar precondições previstas até o prazo final para filiar
possíveis candidatos em 2014 e então decidiu aceitar os filiados primeiro e
avaliar suas condutas depois. Agora, já com a resolução nesse sentido publicada,
já tem até “mensaleiro” assinando com o “Rede”. Tudo "ficha imunda", mas que irão acabar candidatos.
Foi dito que o
calendário apertado é única saída foi a ideia da flexibilização e que foi aprovada em
reunião no fim de semana passada em Brasília. Mas mesmo assim, o partido
tratará em "caráter excepcional" as adesões até 5 de outubro, prazo
máximo de filiação para quem deseja se candidatar no próximo ano e como já
sentiu que não irá cumprir a exigência de 492 mil assinaturas certificadas, o “Rede”
vai tentar viabilizar este “golpe” por meio de uma estratégia jurídica.
Como o estatuto do
partido se declara uma organização rígida, com a vedação de candidatos
enquadrados na Lei da Ficha Limpa e para os filiados, há a exigência de
"uma conduta profissional, pessoal e social de acordo e compatível com os
objetivos e princípios éticos da Rede", desculpe Marina, mas qualquer estratégia
jurídica será uma verdadeira “lesa pátria”.
Como a pré-filiação poderá
acontecer até 2 de outubro, pela internet, e se faz necessário preencher uma
ficha, obter o abono de um membro da comissão provisória nacional e registrar a
adesão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Mas tudo no escuro.
Só então a ficha
passará por "consultas internas" e um pedido de impugnação poderá ser
apresentado pela cúpula em três dias. Caso seja feito o pedido, um curto
processo será realizado para que até 14 de outubro seja decidido se o filiado
fica ou não. Só que este rito previsto, que só valerá para filiações futuras, é mais
longo e pode durar até 95 dias no caso de impugnações. até lá muito "bandido" já pegou nas armas.
Com isto falado,
podemos dizer que os primeiros poderão até serem corruptos, “bandidos
declarados”, mas serão eles que poderão impugnar qualquer outro que venha
depois. Claro que se isso acontecer, os “bandidos“ não aceitarão gente de bem
para que não haja mistura do joio com o trigo que poderá chegar para atrapalhar
as mutretas.
Marina até pode ser do
bem, mas ao se misturar aos do mal, melhor seria lutar por sua candidatura independente.
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