quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Saúde? De quem?


ANS nas mãos dos Planos

Gerson Tavares
 







Tirar o sofá da sala não cura “chifre”. Não adianta agora a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informar que o diretor Elano Rodrigues Figueiredo renunciou a seu mandato no órgão. Segundo alguns, a Comissão de Ética da Presidência da República entendeu que Figueiredo não teve conduta ética ao omitir em seu currículo enviado ao governo e ao Senado que trabalhou para empresas privadas de planos de saúde. Mas será que ninguém sabia do fato? Será que ele sempre se colocou atrás das máscaras?

Pois Elano tomou posse no cargo no último dia 2 de agosto e só agora a saída do “safardana” aconteceu, mesmo com o jornal O Globo noticiando há dois meses a relação de Elano Figueiredo com os Planos de Saúde e a omissão desta informação no seu currículo. Só depois de ler o jornal, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pediu a Comissão de Ética que investigasse o caso.

Então, com a recomendação de sua demissão feita pela comissão, foi providenciada uma carta que foi enviada à presidente Dilma Rousseff, onde Elano Figueiredo diz que a Comissão de Ética entendeu, "equivocadamente".

E assim o “safardana” detalha: "Com isto, mesmo convicto de que não pratiquei nenhuma irregularidade, seja ética, moral ou ilegal, penso que o referido pronunciamento torna insustentável a continuidade do meu mandato".  E o Elano encerra a nota pedindo à presidente que determine as providências legais cabíveis.

E foi aí, com esta frase final que eu fiquei com a pulga atrás da orelha. Será que o Elano Figueiredo não usou de malícia ao colocar para que "a presidente determine as providencias legais cabíveis", porque no passado a própria presidente, embora não tenha omitido nada em seu currículo, acrescentou alguns títulos que não possuía e não possui até hoje?

Não tenho nada com isso, mas omitir serviços prestados ou colocar cargos que não cursou, são crimes iguais.

Dilma vai ter que se desculpar com Elano, já que ela nunca pediu desculpas ao povo. 

Nenhum comentário: