ANS nas mãos dos Planos
Gerson Tavares
Tirar o sofá da sala
não cura “chifre”. Não adianta agora a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
informar que o diretor Elano Rodrigues Figueiredo renunciou a seu
mandato no órgão. Segundo alguns, a Comissão de Ética da Presidência da
República entendeu que Figueiredo não teve conduta ética ao omitir em seu
currículo enviado ao governo e ao Senado que trabalhou para empresas privadas
de planos de saúde. Mas será que ninguém sabia do fato? Será que ele sempre se
colocou atrás das máscaras?
Pois Elano tomou posse
no cargo no último dia 2 de agosto e só agora a saída do “safardana” aconteceu,
mesmo com o jornal O Globo noticiando há dois meses a relação de Elano
Figueiredo com os Planos de Saúde e a omissão desta informação no seu currículo.
Só depois de ler o jornal, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann,
pediu a Comissão de Ética que investigasse o caso.
Então, com a
recomendação de sua demissão feita pela comissão, foi providenciada uma carta
que foi enviada à presidente Dilma Rousseff, onde Elano Figueiredo diz que a
Comissão de Ética entendeu, "equivocadamente".
E assim o “safardana”
detalha: "Com isto, mesmo convicto de que não pratiquei nenhuma
irregularidade, seja ética, moral ou ilegal, penso que o referido pronunciamento
torna insustentável a continuidade do meu mandato". E o Elano encerra a nota pedindo à presidente
que determine as providências legais cabíveis.
E foi aí, com esta
frase final que eu fiquei com a pulga atrás da orelha. Será que o Elano
Figueiredo não usou de malícia ao colocar para que "a presidente determine as
providencias legais cabíveis", porque no passado a própria presidente, embora
não tenha omitido nada em seu currículo, acrescentou alguns títulos que não
possuía e não possui até hoje?
Não tenho nada com
isso, mas omitir serviços prestados ou colocar cargos que não cursou, são crimes iguais.
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