SERÁ VERDADE?
Gerson Tavares
Continuando minha
analise sobre aquilo que a Dilma Rousseff falou na noite de domingo, quando, “com
um mau humor do capeta”, a presidente reeleita, durante pronunciamento em hotel
na cidade de Brasília, após o resultado das eleições chamava a atenção de
todos demonstrando toda a sua impertinência para com aqueles que foram salda-la.
Ela, que foi reeleita
presidente da República com 51,64% dos votos válidos, defendeu um diálogo com a
sociedade, mudanças e reformas no discurso que fez para a Nação. Dilma insistiu
em anunciar que vai lutar para fazer uma reforma política a partir de um
plebiscito e afirmou que criará mecanismos para combater a corrupção. Realmente
eu não sei se sonhei há quatro anos atrás, mas eu lembro muito bem que ouvi
essa mesma proposta de reforma política feita pela mesma Dilma Rousseff. Claro
que nada aconteceu nos quatro anos de mandato e lá vem ela com a mesma
proposta. E para piorar, todos nós sabemos que ela em janeiro terá uma bancada
bem menor no Congresso e só isso, já inviabilizaria qualquer reforma,
principalmente a política.
E Dilma fez uma
afirmação que para a maioria é uma espécie de “arrego”: "Sem exceção,
chamo todos os brasileiros para nos unirmos em favor de nossa Pátria, nosso
País, nosso povo. Não entendo que essas eleições tenham dividido o País ao
meio. Em lugar de ampliar divergências, criarmos fosso, tenho forte esperança
de que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para a construção
de pontes". Nunca tinha ouvido uma proposta assim que viesse de algum
petista, quando oposição. Se alguém no passado, quando outro partido estivesse
no governo, se essa proposição fosse feita, mas eu duvido que algum líder
petista “topasse” tal coisa. Não porque ele fosse contra a proposta e sim,
porque ele queria ser situação para poder pisas nos outros.
Hoje Dilma quer que as
divergências sejam usadas para melhorar o diálogo. E disse ela: "O calor
liberado no fragor da disputa pode e deve agora ser transformado em energia
construtiva de um novo momento no Brasil. Com a força desse sentimento
mobilizador é possível encontrar pontos em comum e construir com eles uma
primeira base de entendimento para fazer nosso País avançar".
Disse a Dilma que o
caminho apontado pelos eleitores, ao decidirem por dar-lhe mais um mandato, é
claro: "Algumas palavras e temas dominaram essa campanha. A palavra mais
repetida, mais dita, mais falada, mais dominante foi mudança. O tema mais
amplamente invocado foi reforma. Sei que estou sendo reconduzida à Presidência
para fazer as grandes mudanças na sociedade brasileira. Naquilo que meu esforço
e meu poder alcança, podem ter certeza de que estou pronta a responder a essa
convocação".
Desculpe Dilma, mas
você não entendeu nada daquilo que aconteceu durante a campanha e muito menos
naquele domingo. Quando falavam em “mudança”, era a mudança do governo. Era um
governo menos corrupto, um governo sério e acima de tudo ético. E todos sabem
que falar em ética e moral com o PT, é simplesmente impossível. Quando falavam
em “reforma”, ela tem que começar pelo gabinete da Presidência. Não é trocar
moveis e sim, trocar aquele que senta a bunda na cadeira. Este sim deve ser
mudado por alguém que tenha a cabeça no País e não na “boca do cofre”. E quando
você foi reconduzida ao cargo, não foi para fazer reforma na sociedade e sim,
porque você fez da “sociedade” uma “sociedade de empresários da miséria”.
E eu não poderia deixar
de falar sobre o que a Dilma frisou: “O Brasil não está divido”. Caramba, só
agora ela descobriu que o Brasil será sempre um só? Dilma, o eleitorado sim,
este está dividido. Porque existe hoje uma metade que vota com convicção e
outra que vota por interesses. Aliás, foram esses que votaram em você.
Por tudo isso eu
continuo falando: “Pobre Brasil que está se sentindo acabar nas mãos de
incompetentes, mas todos, ‘larápios’ de primeira linha”.
Tenho dito!