SERÁ QUE NÃO É CRIME?
Gerson Tavares
As empresas estatais,
aquelas que vivem às custas do povo, estão a cada dia que passa, mais entregues
aos “bandidos”. Então, hoje resolvi esquecer da Petrobras, a grande fonte de
dinheiro da “quadrilha” do governo, para falar dos Correios e Telégrafos.
E essa colocação tem muito com a situação que agora está acontecendo nos Correios, já foi aberta uma exceção para o PT, que outro não é senão, o partido da “quadrilha petista”. Tudo porque foi feita em São Paulo a distribuição de panfletos da presidente Dilma Rousseff, que é candidata nas eleições que estão batendo à porta. Claro que tudo feito sem chancela ou comprovante
de que houve postagem oficial, que é a estampa, prevista em norma da própria
estatal e que serve para demonstrar que houve pagamento para o envio, de forma
regular, da propaganda eleitoral. Assim sendo, sem ela, é difícil atestar que a
quantidade de material distribuído corresponde ao que foi contratado pelo
partido. O número declarado de panfletos distribuídos sem chancela dos Correios
foi de 4,8 milhões.
E como a Dilma precisa
muito vencer a eleição para garantir mais quatro anos de desmandos, desgoverno
e "roubalheira", para continuarem a encher a conta bancária, esta exceção para os petistas
foi aberta a partir de um comunicado interno dos Correios em São Paulo, no qual
a empresa autoriza, em caráter “excepcional”, a postagem dos folders na
modalidade de mala postal domiciliária, que tem a sigla MPD.
A Diretoria Regional
Metropolitana, responsável pelo aval, atribui a medida a um problema na
impressão dos quase 5 milhões de peças. E só para mostrar que existe “mutreta”
nessa medida, é só falar que órgão é chefiado por Wilson Abadio de Oliveira,
que nada mais é, senão, afilhado político do vice-presidente da República e
candidato a vice da Dilma, o peemedebista Michel Temer.
E para que não haja
dúvida, no documento “Correios Informa” conta o seguinte texto: “Está
autorizada, em caráter excepcional, na AGF (agência franqueada) Santa Cruz, a
postagem de 4.812.787 folders da candidata às eleições 2014 Dilma Vana
Rousseff”. Esta é uma nota do “Correios Informa” do dia 3 de setembro que ainda
acrescenta: “Devido a erro de produção gráfica, não foi confeccionada a
respectiva chancela”.
E em documento dos
próprios Correios, está como “requisito mínimo”, que cada santinho enviado pela
mala direta domiciliária deve ter a chancela, com a descrição do nome e do CNPJ
do candidato. Também deve constar o ano das eleições e a origem da postagem,
entre outras inscrições.
Mas os santinhos que
foram remetidos para a Grande São Paulo e cidades do interior até o dia 12 de
setembro, com mensagens regionalizadas, está “limpo”, sem a menor informação
que é um requisito necessário. Mas está lá nos folhetos distribuídos na cidade,
apresentando uma sorridente Dilma, ao lado de Temer e Lula: “Ela já faz mais
por Campinas”. Fez o que? Diz aí “cara pálida”.
Mas o impresso destaca
realizações em programas federais como o “Mais Médicos” e o “Brasil Sorridente”.
“Mais cuidados, mais investimentos, mais futuro. Campinas pode sempre contar
comigo”, diz Dilma naquela propaganda clandestina.
A distribuição dos
panfletos regionalizados sem estampa oficial fez parte dos carteiros se
rebelar, ameaçando não entregá-los. Além disso, motivou denúncia das entidades
que os representam à Justiça Eleitoral, que cobrou explicações à estatal.
Muitos carteiros
informaram que, ao questionarem seus chefes sobre os panfletos de Dilma,
enviados em caixas aos setores dos Correios, foram orientados pelos gestores
dos centros de distribuição a entregá-los como estavam.
Já o Sindicato dos
Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect-ACS) em Campinas enviou carta
ao diretor regional dos Correios no interior paulista, Divinomar Oliveira da
Silva, filiado ao PT, cobrando esclarecimentos e providências urgentes quanto à
distribuição.
Os carteiros por
escrito, ameaçando enviar representação ao Tribunal Superior Eleitoral e
colocam: “Ao contrário do que acontece com outros candidatos nas campanhas
eleitorais, esse material da candidata Dilma está sendo distribuído aos
carteiros sem qualquer chancela ou anotação que demonstre o pagamento por sua
postagem, levando-nos a crer numa irregularidade eleitoral”, reclamaram
Enquanto isso o
coordenador-geral da entidade, Luís Aparecido de Moraes falaou: “No mínimo, é estranho o que ocorreu, por se
tratar de uma candidata e do volume de material enviado. Os carteiros estão
acostumados a fazer a entrega de material com chancela. Como você vai ter
controle de que estão entregando 4 milhões ou dez milhões. É como entregar uma
carta sem o selo”. Já a estatal disse que o pagamento foi à vista, com a
emissão de recibos, e que a autorização “excepcional” está prevista em suas normas.
Eu ainda poderia falar
muito mais sobre essa “cachorrada petista”, mas o que falar dessa “quadrilha”?
Como a presidente, mesmo com a “maquina na mão”, aparece em desvantagem nas
pesquisas de intenção de voto em São Paulo, que por acaso é o maior colégio
eleitoral do País, o PT resolveu que todos têm que partir para a briga e então
determinou um reforço da campanha no Estado, mesmo que esse reforço seja uma
“sacagem”, fazendo da lei eleitoral uma bagunça.
Pobre Brasil! Brasil
que tem uma grande maioria dos seus eleitores como vendedores de voto.