segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Avião sem piloto

O Rio de Janeiro

está sem governo


Gerson Tavares
 


Enquanto o governador do Estado do Rio de Janeiro e o prefeito da Cidade Maravilhosa estão tentando matar os professores na base da “porrada”, já que os mestres lutam para não morrerem de fome, também os hospitais estão abandonados por Sérgio Cabral e Eduardo Paes, claro, resolvi hoje falar do estado onde nasci e vivo com a família.

Falar da Educação não é novidade já que o mundo, eu falei “o mundo”, é conhecedor dos desmandos dos “desgovernantes” do Estado e da Cidade, mas vou falar da Saúde, esta área que também não existe no Brasil, mas a situação está bem mais crítica que aquela que tínhamos conhecimento aqui pelo Rio.

Que falta medicamentos nas unidades hospitalares tanto federais, estaduais e municipais, isso a gente já está careca de saber, mas a coisa vai muito além daquilo que alguém poderia pensar. E agora ficamos sabendo que centenas de caixas de medicamentos e insumos, como seringas descartáveis e respiradores hospitalares, que poderiam ter sido usados para salvar vidas, estão jogados num depósito, com a validade vencida. Este material pertence à Secretaria municipal de Saúde e será periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), a pedido do Ministério Público estadual (MP), que encontrou o material durante uma operação que foi realizada na semana passada. De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde do MP, este material estava estocado no depósito da prefeitura, no bairro do Rocha, Zona Norte do Rio. Ali foram encontrados produtos adquiridos pelo município e pelo Ministério da Saúde, como remédios contra tuberculose e vacinas. Entre os itens estão substâncias caras, como drogas contra a Aids e suplementos para crianças com intolerância alimentar. Fraldas descartáveis e uma expressiva quantidade do antibiótico amoxicilina e clavulanato de potássio estavam entre o material vencido.

Os promotores de Justiça requisitaram à polícia a instauração de investigação criminal para que seja apurada a responsabilidade sobre o material, o controle do estoque e o motivo do desperdício de medicamentos. A Delegacia do Consumidor (Decon) interditou o local para evitar desvio e assegurar o resultado da perícia.

Ainda segundo o MP, as informações serão também encaminhadas às Promotorias de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania para instauração de inquérito civil. O objetivo é apurar possíveis atos de improbidade administrativa.

Mas na Secretaria municipal de Saúde existem os defensores dos “bandidos” e assim já estão afirmando que a taxa média de descarte de medicamentos é inferior a 1% e que, no galpão do Rocha, há material estocado há pelo menos três anos para ser incinerado, seguindo as normas sanitárias. Então vejamos: se este material está estocado desde 2010, a compra mais antiga já foi feita pelo Eduardo Paes e assim sendo, é dele o dolo. A improbidade já está caracterizada no governo do “carrasco dos professores”, mas que agora podemos colocar também como “carrasco dos doentes” do Rio. 

Foi então que o município informou que adquire medicamentos e insumos com margem de segurança, para não haver risco de desabastecimento. Mas abastecimento com remédios e insumos com validade vencida? Aí já é "sacanagem".

Será que aí não fica caracterizada a compra de remédio que não será gasto para poder garantir um “dividendo” maior?

Eu não quero ser maledicente, mas quase posso garantir que muitos remédios podem ter sido adquiridos só para tirar nota e nem mesmo foram entregues. Este é o município do Eduardo Paes, aquele mesmo que quer briga com as pessoas que o chamam de “ladrão”.

Mas será que não é? Será que ele consegue provar que não é?

Eu duvido!

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