“É bem diferente de privatização”
Na
noite de segunda-feira, depois do resultado da “entrega de mão beijada” para os
estrangeiros da maior parte do nosso petróleo, a presidente Dilma Rousseff fez
um pronunciamento sobre o “leilão” do Campo de Libra, o primeiro da camada de
pré-sal no “sistema de partilha”. Numa conta que não poderá fechar nunca, Dilma
falou que 85% da renda gerada pelo campo ficarão com a União ou com a
Petrobras. Para as empresas parceiras, restará o lucro compatível com o risco
que correm. Para início de conversa, Dilma separa, colocando de lado opostos, União e Petrobras. Depois, mesmo a Petrobras ficando só com 40%, como 85% serão divididos? Será que vamos “garfar” os
parceiros?
Sendo
assim, o consórcio formado por Petrobras que ficou com 41,65% e a Shell, a
Total, a CNPC e a CNOOC, com o restante, foi o único a apresentar proposta e acabou levando o "leilão". Para conseguir vencer a "disputa", era necessário oferecer a maior fatia
de óleo para a União, mas no caso, qualquer fatia seria a maior já que era a única. Então a Dilma foi "clara" em seu posicionamento: “Pelos resultados do leilão, 85% de toda a renda a ser
produzida no Campo de Libra vão pertencer ao Estado brasileiro e à Petrobras.
Isso é bem diferente de privatização”. E realmente Dilma
tem razão ao dizer que "falando, existe uma grande diferença" entre
“privatização” e “partilha”. Em número de letras, em sonorização e em várias
situações, mas que tudo quer dizer “entrega”, não existe dúvida alguma.
E
ainda segundo Dilma, “as empresas privadas parceiras também serão beneficiadas,
pois, ao produzir essa riqueza, vão obter lucros significativos, compatíveis
com o risco assumido e com os investimentos que estarão realizando no país. Não
podia ser diferente”. Dilma bem que poderia falar uma novidade, porque falar
que as empresas vão “encher o rabo” de grana, isso já estamos carecas de
saber.
E
para justificar os lucros das empresas no país ela soltou a bomba: “O Brasil é
e continuará sendo, um país aberto ao investimento, nacional ou estrangeiro,
que respeita contratos e que preserva sua soberania. Por tudo isso, o leilão de
Libra representa um marco na história do Brasil. Estamos transformando o
pré-sal num passaporte futuro para uma sociedade mais justa e com melhor
distribuição de renda".
Ela
só se esqueceu de dizer que a Educação e a Saúde “foram para o saco”.
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