quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Desapropriar tira dinheiro de campanha


O ano de 2013 teve 
desapropriação zero


                                               Gerson Tavares
 






Quando se fala de desapropriação dentro do governo Dilma Rousseff, é o mesmo que xingar a mãe. Não é à toa que Dilma tem ao seu lado uma senadora que agora está filiada ao PMDB e é ruralista de “quatro costados”.

Por este fato, do ponto de vista da redistribuição de terras, o ano de 2013 está caminhando para ser o pior ano da reforma agrária desde o início do período da redemocratização, em 1985, mas ao mesmo tempo sendo o mais tranquilo para os “ruralistas posseiros”.

Faltam menos de três meses para o fechamento das atividades do ano e a presidente Dilma Rousseff não assinou nenhum decreto de desapropriação de imóvel rural, por interesse social, destinando-o para a criação de assentamentos rurais. Claro que se a caneta da Dilma continuar sem tinta, ela vai ficar atrás até do “micro-governo” Fernando Collor de Mello, pois ele que foi até aqui, o presidente que menos se interessou pela reforma nos 28 anos da redemocratização.

Em 1992, ele assinou apenas quatro decretos declarando imóveis rurais de interesse social para a reforma, o menor índice de todos e o maior coube a Fernando Henrique Cardoso, em 1998, com 845 decretos assinados.

Mas a ausência de decretos deste ano de 2013, só vai confirmar a inflexão que Dilma decidiu imprimir ao tratamento da reforma desde o início de seu mandato, já que em 2010, depois que, prestes a deixar o Palácio do Planalto, o então presidente petista Luiz Inácio da Silva assinou 158 decretos de desapropriação de imóveis rurais. E em 2010, a sua afilhada política, baixou a marca para 58. Em 2012, ela manteve o freio e reduziu para 28 decretos.

Aqui mostro o quadro de como tudo aconteceu desde Zé Sarney até a Dilma Rousseff:



Na avaliação do Movimento dos Sem Terra, o MST, maior organização do País dedicada à luta pela redistribuição de terras, a inflexão se deve à aproximação da presidente com grupos ruralistas que se opõem à reforma. "O governo Dilma é refém do agronegócio", afirma Alexandre Conceição, da coordenação nacional do movimento. Segundo suas informações, existem 150 mil famílias acampadas no País, à espera de lotes de terra. A maior concentração de acampados estaria na Bahia, com 50 mil famílias.

Proveniente daquele Estado, o deputado federal petista Valmir Assunção não poupa críticas a Dilma. Ele tem dito que o governo dela já representa "os piores anos para a reforma agrária no Brasil".

Mas se olharmos bem, este é o pior governo de todos os anos da República.


Quer saber? Dilma é uma “M”.

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