PT comanda obstrução e impede
Minirreforma eleitoral para 2014
Gerson Tavares
Já não sei se uma
minirreforma eleitoral resolve a situação do Brasil, mas se o PT comandou uma
ação de obstrução no plenário da Câmara na noite de terça-feira da semana
passada que impediu a votação da proposta de uma minirreforma eleitoral cujas
alterações tivessem validade para 2014, aí “tem angu por baixo do caroço”.
E o próprio presidente
da Câmara, Henrique Eduardo Alves, do PMDB/RN, admitiu que devido ao prazo de
filiação partidária estar próximo do fim, o quórum na Casa deveria estar
prejudicado ao longo da semana. Mas claro que se o interesse é do PT, o PMDB
está no barco.
Foi o PT que comandou o
movimento para impedir a votação porque desejava ter avançado no debate da
reforma política. Foi acompanhado por PSB, PDT e PC do B, partidos que apoiaram
proposta de decreto legislativo para convocar um plebiscito sobre o tema, todos
interessados em bagunçar tudo até que uma nova eleição aconteça.
Mas nisso tudo, deu
para notar que existem partidos “rachados”. Outros partidos que foram liderados
por parte do PMDB, tentaram ainda aprovar as mudanças na legislação eleitoral,
mas não conseguiram alcançar número para sustentar as alterações.
O texto em debate teve
a sua origem no Senado, onde foi aprovado há pouco mais de duas semanas. A
mudança mais polêmica era a permissão de doação eleitoral de sócios, acionistas
e empresas associadas a concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Havia acordo na Câmara para retirar essa proposta e devolver o texto ao Senado,
mesmo com o curto tempo até a sanção, que teria de ser realizada até o dia 5 de
outubro.
O objetivo declarado do
projeto era reduzir os custos de campanha. Havia a proibição de faixas,
cartazes e cavaletes e limitação de número de cabos eleitorais. Enquetes,
consultas sem parâmetros científicos, estariam proibidas. Parlamentares
contrários à proposta argumentaram que as medidas beneficiariam candidatos
conhecidos, dificultando a eleição de quem ainda não tem mandato.
Coisas que não podem
acontecer para o bem dos “safardanas” que precisam de grana, não só para
campanha e compra de votos, mas também, para no caso de derrota, ter quatro
anos de tranquilidade com o saldo.
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