quinta-feira, 24 de outubro de 2013

“O Petróleo já foi nosso”


Libra passada nos “cobres”

O Governo, que se diz nacionalista, realizou o primeiro leilão do pré-sal na segunda-feira. E tem mais, pelo que se sabe, este foi o primeiro “leilão de petróleo”, porque sempre que acontece um leilão onde o assunto é petróleo, é leiloada não a exploração e sim, a descoberta dos poços.

Mas como este governo “nacionalista” que ainda transita por aqui, o primeiro leilão do pré-sal ofertou a área de Libra, situada a 183 km da costa do Rio de Janeiro. E tudo isso acontece depois de cinco anos da descoberta da camada pré-sal, que foi feita pela Petrobras.

E agora, com este leilão, o governo coloca em marcha a exploração do petróleo de acordo com o novo “regime de partilha”. Por lei, que por coincidência, feita pelo próprio governo, a Petrobrás terá participação mínima de 30% no consórcio que irá explorar a área.

O gigantesco prospecto de Libra é o maior do pré-sal e seu potencial de óleo recuperável pode se aproximar dos 12 bilhões de barris. A rodada deverá arrecadar quase o dobro do que já foi pago em todas os leilões realizados no País até hoje. O bônus de assinatura de Libra custará R$ 15 bilhões, contra R$ 8,9 bilhões acumulados desde a primeira rodada, em 1999. Às vésperas do leilão, os ânimos começaram a esquentar e uma greve convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), contrária à licitação, paralisou refinarias, plataformas e centro de distribuições da Petrobrás em 16 Estados desde a semana passada.

Mas o leilão aconteceu e o consórcio vencedor foi o único a apresentar proposta. Será que isso seria natural se não fosse “carta marcada”? E como “o Petróleo já foi nosso”, o consórcio “vencedor” é formado pelas chinesas CNOOC (10%) e CNPC (10%), pela francesa Total (20%), pela anglo-holandesa Shell (20%) e pela Petrobrás (10%). E como pela lei, a Petrobrás já tinha 30% de participação, foram assim totalizados os 100% e o Brasil só tem 40%, ficando assim com a minoritária, já que o consórcio tem 60%.

Agora aqui cabe uma pergunta que a Dilma não deve ter a resposta: “A Educação e a Saúde vão receber aqueles tão decantados 100% do total ou só dos 40% da Petrobras?”.


Mas eu acho que sei a resposta: “Educação e Saúde que se dane e o povo, que morra!”.

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