Francisco
Gerson Tavares
“Habemus
papam!”, estas foram as duas palavras que os católicos do mundo todo esperavam com ansiedade e que depois de pronunciadas mostrou que o comando da Igreja de Jesus poderá
ter uma nova linha de evangelização.
Jorge
Mario Bergoglio é um jesuíta que primou sempre pela simplicidade. Mesmo
arcebispo de Buenos Aires, ele ainda andava de metro, ônibus e dirigia o seu próprio carro como qualquer ser
comum que sempre se considerou.
Já
pela escolha do nome papal, Jorge Mario Bergoglio mostra que está levando a Igreja
pelo caminho da divisão de bens. São Francisco de Assis é o homenageado por
Jorge Mario, que agora será chamado Papa Francisco.
Logo
que o nome de Jorge Mario Bergiglio foi anunciado como o novo Papa, muito se
falou sobre o cardeal. Uns diziam ser uma pessoa “flexível”, isso para aqueles
que guardam na memória a imagem de quando ele lavou e beijou os pés de 12
pacientes com Aids durante visita a um hospital, em 2001.
Outros dizem ser um “conservador
moderado” e esta é a definição de alas da Igreja que veem no argentino alguém
que conseguiu conter o avanço de correntes liberais entre os jesuítas, ao mesmo
tempo em que representa as mazelas do mundo em desenvolvimento.
Já outros o
julgam como um “ultraconservador” e esta é a aposta dos argentinos que se
lembram do então arcebispo de Buenos Aires combativo, firmemente contrário à
adoção do casamento gay no país em 2010.
Mas
para alguns ele representa uma “incógnita”. Esta é a opinião daqueles que
recordam o ataque desferido em setembro do ano passado contra padres que se
recusaram a batizar crianças nascidas fora do casamento na Argentina. Mas para
todos, tenham eles a opinião que tiverem, exite um único adjetivo e que é uma unanimidade:
humildade.
A
aceitação do resultado da eleição, embora uma surpresa, fez com que muitos
mandatários falassem dos valores que este argentino poderá levar ao papado. Barack
Obama, presidente dos Estados Unidos falou: “O novo Papa é um defensor dos
pobres e dos mais vulneráveis entre nós”. Já Angela Merkel, chanceler alemã,
disse: “Além do cristianismo católico, muitos esperam dele uma orientação, não
apenas em questões ligadas à fé, mas também as que dizem respeito à paz, à
justiça e à salvaguarda da criação”. O David Cameron, primeiro-ministro
britânico, postou no Twitter: “Um dia importante para 1200 milhões de católicos
em todo mundo com sua Santidade o Papa Francisco a ser apontado como o 266º
bispo de Roma”.
Mas
como sempre aparecem os aproveitadores e entre eles eu destaco o Nicolás
Maduro, Presidente interino da Venezuela. Para Maduro, o falecido presidente
Hugo Chávez terá tido alguma influência na eleição de um Papa argentino. “Nós
sabemos que o nosso comandante subiu até às alturas e que está em frente de
Cristo. Alguma coisa influenciou para que tenha sido escolhido um Papa sul-americano,
alguma mão nova chegou a Cristo e lhe disse: chegou a hora da América do Sul.
Assim nos parece”. Por incrível que possa parecer, mas é verdade. Maduro falou
todas essa baboseiras em declarações transmitidas pela televisão oficial
venezuelana. Realmente não tem senso do ridículo esse já quase apodrecido
Maduro.
Depois
dessa, vamos esquecer o que os mandatários possam ou não falar, mas o certo é que o
novo mandatário do Vaticano, um padre jesuíta, poderá fazer com que a Igreja de
Roma seja ainda mais próxima dos pobres.
Que
o Grande Pai mostre a Francisco que a pobreza é uma chaga que nunca será sarada
pela política. Que o padre jesuíta, José de Anchieta, tão amigo de nós brasileiros, ilumine o Papa Francisco, é que pedimos em nome dos “abandonados”
brasileiros.
Hoje
estamos a dois dias do início da Semana Santa. Domingo já é o “Domingo de
Ramos” e teremos uma semana de orações. Nesta semana não devemos falar mal de
ninguém, seja ele seu inimigo ou mesmo inimigo do povo. Devemos respeitar os dogmas da Igreja e por isso, nesta semana só
palavras de amor, de carinho, só atos de ajuda. Então achei por bem dar uma parada
nas nossas notícias até primeiro de abril. Afinal, nós falamos de política, das
coisas que os políticos fazem, e seria impossível falar de político e de seus
atos e não falar mal.
Por
isso estaremos de volta em primeiro de abril, mas um detalhe é necessário que
fique claro: Não é mentira, estaremos sim, segunda-feira, dia 1º de abril de
volta falando desses políticos que são sempre as “noticias do mal”.
Até
lá e “Boa Páscoa”!