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Bicho
cresceu no Rio com ajuda de torturadores
Está
aí um titulo que deixa no ar a interpretação. Muitos acham que o governo
militar levou seus homens para o “jogo do bicho” e outros já entendem que
aqueles que aprenderam a tortura migraram para a clandestinidade e formaram uma
“força armada” para comandar o “jogo do barão de Drummond”.
Então
o Jornal O Globo mostrou que após ser isolado na tropa, o capitão Aílton
Guimarães Jorge pediu demissão do Exército no dia 9 de março de 1981. Diz o
jornal que aquele gesto do oficial, ao tirar a farda, conseguiu se aliar a um
grupo, que dali para frente mudaria o perfil do crime organizado no Brasil: a
de agentes da ditadura com a contravenção.
Ainda
segundo O Globo, capitão Guimarães é a face mais exposta desse processo, mas
não a única. E assim está lá, no jornal “O Globo”, que “a partir dos anos 1970,
um pequeno pelotão de agentes migrou dos porões da tortura para as fileiras do
jogo do bicho, levando junto a brutalidade, a arapongagem e a disciplina da
guerra suja contra as esquerdas. Bicheiros ajudaram a perseguir inimigos do
regime, e a ditadura retribuiu com proteção e impunidade”.
E
o jornal foi mais longe: “Pesquisas a documentos de dois arquivos públicos e da
Biblioteca do Exército e depoimentos de agentes, policiais, vítimas da
repressão e especialistas permitiram ao GLOBO revelar detalhes e personagens
desse processo. Pelo menos dez agentes, entre militares e civis, atuaram na
máfia da jogatina ou colaboraram com ela, chegando a ocupar cargos na hierarquia
do bicho, principalmente a partir do desmonte gradual do aparelho repressivo no
governo Geisel. Sob a influência da doutrina militar e ao custo de uma guerra
nas ruas, o jogo do bicho - antes fracionado e informal - tornou-se
centralizado e organizado.”.
E
eu pergunto: Como está o jogo do bicho nos dias de hoje? Será que tem alguém
preso por ser banqueiro de bicho? Será que no Pará os mais bárbaros crimes que
acontecem não são feitos por banqueiro do bicho carioca que para lá estenderam
seus tentáculos e, mesmo sem os militares no governo, estão tomando conta da
jogatina? Isso para falar só em Rio de Janeiro e Pará, mas em qualquer estado da
Federação, lá estão eles, “torturadores” que são sempre bem-vindos nos salões
da alta sociedade e que comandam junto com os governantes, vários seguimentos, com
o carnaval carioca, o maior “Espetáculo da Terra”, como dizem muitos.
Não
foi o regime militar e sim, é o regime governamental brasileiro que se alia aos
bandidos parta entenderem melhor com roubar o povo.
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