Efeitos
do Bolsa Família
são desiguais
Gerson
Tavares
Lá
se vão dez anos do programa “Bolsa Família” e com o governo falando que não existe
mais miseráveis, claro, a não ser o Eike Batista, dá para se notar que os
desiguais estão crescendo, isso dependendo do modo de olhar.
Se
olharmos pelos números, dá para ver um salto de 3,6 milhões para 13,8 milhões
de famílias beneficiadas pelo orçamento de R$ 18,5 bilhões neste ano. Um
investimento pequeno, até porque o voto está custando pouco. E se o programa
custa menos de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto), levam vantagem àqueles que
têm os governos nas mãos. Só em juros de suas dívidas, governos federal,
estaduais e municipais gastaram 5% do PIB, que corresponde a R$ 230 bilhões nos
últimos 12 meses.
Por
trás desses números, estão às famílias e por trás das famílias, estão às
eleições e por trás das eleições estão as maracutaias. Assim sendo, com milhões de “arranjos” no programa, todas as trajetórias são
distintas, cada qual arranjando uma posição oposta. Mas todas extremamente
dependentes de recursos do Estado.
Depois dessa exposição, cheguei a conclusão que eleição
sai muito caro para o “bolso do povo”.
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