Acidente ou atentado?
Gerson Tavares
Depois de uma
segunda-feira de caos na cidade do Rio de Janeiro, depois que o prefeito
Eduardo Paes resolveu que acabar com as ruas é coisa de gênio, um enorme engarrafamento aconteceu no centro da cidade e que se refletia por todos os bairros, as desgraças aconteciam à cada momento. E tudo isso por culpa de
Eduardo Paes e seus asseclas, uma equipe que conseguiu paralisar o trânsito e, pelo que dizem, não dando chance à ninguém para desfazer o nó. Um tal de Carlos Ozório,
que pelo que dizem é o secretário de Transportes da cidade do Rio, mas parece
que ele é o dono de todo o secretariado, pois é ele sempre que está dando
explicações sobre qualquer coisa que acontece naquela prefeitura, foi ele
que deu todas e quaisquer entrevistas para rádio, televisão e jornais e, claro, nunca falando
coisa com coisa.
E assim, com o Rio de Janeiro
travado em seu trânsito, lá estava o Ozório “tirando a maior onda” falando,
falando e nada dizendo. Claro que como ele não pode perder terreno, falava
qualquer coisa e ficava por isso mesmo. E a segunda-feira foi um inferno implantado
em plena Cidade Maravilhosa.
E todos já sabiam que a
terça-feira não seria melhor e tudo deveria ser o mesmo caos e realmente foi.
Só que alguma coisa poderia acontecer para que passasse em “brancas nuvens” o
problema do centro da cidade e foi exatamente assim que aconteceu. Logo pela
manhã, um inusitado acidente aconteceu na Linha Amarela e ninguém mais se
preocupou com o nó que estava acontecendo no centro da cidade.
O que me chamou mais a atenção
foi para a coincidência do momento, quando a imprensa e a própria população se
voltou toda para o acidente da Linha Amarela esquecendo totalmente do trânsito
no centro da cidade. Então resolvi viajar em minha mente para procurar uma
resposta para aquele acidente, quando um caminhão basculante, com a caçamba
levantada levou de roldão uma passarela colocada sobre as pistas da estrada.
Foi então que juntei o
fato ao momento do Rio e entre várias dúvidas, encontrei muitas suposições para
o acidente. E eu, que sempre penso no pior, intrigado com o fato daquele
caminhão ter passado pelo pedágio em horário em que é proibido para caminhões,
fiquei procurando uma resposta para mais uma dúvida. Já há quem diga que o
caminhão não passou pelo pedágio e que havia entrado na pista por um desvio
logo após o pedágio. Foi então que fiquei sabendo que aquele caminhão é
adesivado com o logotipo da “Prefeitura do Rio” e assim, se ele passou pelo
pedágio sem pagar e ainda sem ser molestado pelo horário, ou se entrou na pista
após o pedágio, alguém tem que ser responsabilizado pelo fato. Diz a prefeitura
que ele não mais presta serviço ao município e então eu pergunto: “Porque não
foi devolvido o adesivo?”. Alguém tem que Sr culpado pelo não recolhimento dos
adesivos. Mas voltando ao trajeto do “caminhão maluco”, claro que se ele passou
pelo pedágio estava com a caçamba em sua posição normal e para bascular a
caçamba, fui informado por um motorista de caminhão basculante, que o caminhão
tem que estar parado. Então, quando voltou a andar já com a caçamba levantada,
muitos outros motoristas avisavam ao “maluco condutor” que a caçamba estava
levantada e ele respondia com "gesto feio", mostrando o dedo médio, como se
estivesse se dirigindo a algum parente ou mesmo a algum político. Um motorista
de ônibus, que também chamou a atenção do “assassino motorizado” declarou à
polícia que o “safardana” estava falando ao telefone. Será que neste telefonema
ele não estava falando com alguém que poderia ser o mentor do crime? Mas voltando
ao fato, assim seguia o seu caminho pela via expressa até que bateu e derrubou
a passarela sobre outros automóveis e derrubando pedestres que passavam sobre a
passarela. Dizem que ele estava com a caçamba levantada para esconder a placa,
mas e no pedágio, se é que ele passou por ela, a placa não foi vista?
O certo disso tudo e
que cinco pessoas morreram e outras ficaram feridas, mas o “chefe do
secretariado”, Carlos Ozório, não perdeu a oportunidade para aparecer. Mas só
que desta vez ele falava contra um “tresloucado motorista” que fez tudo que não
devia nem podia fazer.
E eu, que sempre estou
de olho nas atitudes dos políticos e nas falhas dos executores das ordens, fico
na minha, não falo aquilo que estou pensando, mas não me furto o direito de
pensar nas maldades que eles têm capacidade de fazer. Primeiramente, quero
saber por que aquele caminhão estava com os adesivos da “Prefeitura do Rio” se
não estava a serviço da mesma? Mas que aquele acidente interessava ao prefeito,
não tenho dúvidas, afinal, ninguém ficou sabendo como foi o caos do centro
naquela terça-feira. Por que aquele caminhão, que não estava a serviço da
prefeitura passou naquele horário via e não foi parado? Será que a polícia que
faz a fiscalização daquela via por que leva dinheiro para deixar a bagunça
imperar?
Bem, seja lá porque
tudo aquilo aconteceu já nem me interessa porque não vão trazer à vida aqueles cinco
cidadãos que morreram, mas que “tem caroço debaixo deste angu”, disso não tenho
a menor dúvida.
Só que vamos ter muitos
dias de caos no trânsito do centro de Rio e a “sorte” dos governantes não é
assim tão grande que todo dia um acidente irá desviar a atenção da imprensa.