terça-feira, 29 de outubro de 2013

Azedo sim, mas só nome


Morre um lutador








Em dia em que as personalidades estavam se despedindo, o jornalista e advogado Maurício Azêdo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), morreu às 18 horas de sexta-feira passada no Rio de Janeiro, aos 79 anos, vítima de parada cardíaca. Ele estava internado havia duas semanas no Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul da cidade.

Carioca nascido em Laranjeiras, bairro da zona sul da cidade, Oscar Maurício de Lima Azêdo formou-se em Direito em 1960 pela Faculdade de Direito do Catete, mas continuou se dedicando ao jornalismo, que exercia desde 1958, Mauricio teve um irmão também jornalista, o cotestador Raul Azêdo, mas que nos deixou muito cedo.

Nesses 55 anos, Mauricio Azêdo foi repórter, redator, cronista, editor, chefe de reportagem, editor-chefe e diretor de redação de veículos como Jornal do Commercio, Diário Carioca, Jornal do Brasil, Diário de Notícias, Jornal dos Sports, Última Hora, O Dia, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo.

"Maurício foi não só um jornalista, mas essencialmente um homem de jornal, que deu uma contribuição notável para o jornalismo brasileiro, e foi uma pessoa coerente com suas ideias ao longo de toda a vida", disse Ricardo Pedreira, diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Azêdo também atuou em revistas como Manchete, Fatos & Fotos, Pais & Filhos, Realidade e Placar, cuja criação foi baseada em um projeto de sua autoria e da qual foi o primeiro editor-chefe.

Em parceria com o jornalista Fausto Neto, foi autor de uma biografia do jogador de futebol Almir Albuquerque, o Almir Pernambuquinho, publicada originalmente como uma série de reportagens da revista Placar, em 1975.

Nos anos 1970, Azêdo foi o principal editor do Boletim ABI, um dos mais importantes jornais de contestação do regime militar. Ele também foi um dos fundadores e diretores do Cineclube Macunaíma, que realizou sessões e atividades culturais na ABI de 1973 a 1985.

Militante da União da Juventude Comunista, Azêdo integrou o PCB e depois o PDT. Em 1982, passou a se dedicar também à vida pública, elegendo-se vereador no Rio em três legislaturas (1983-1988, 1989-1992, 1993-1996).

Também foi presidente da Câmara Municipal no biênio 1983-1985, secretário municipal de Desenvolvimento Social (1986-1987) e conselheiro do Tribunal de Contas do Município do Rio entre 1999 e 2004.


Vai Mauricio, vai ao encontro de Raul e continuem o trabalho que vocês tão bem fizeram por aqui. 

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