Documentos dizem que não existiam
os "porões da ditadura"
Foi com base em
documentos oficiais, alguns deles compilados da Comunidade Setorial de
Informações do Ministério da Marinha, e que foram apresentados durante uma
audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo, que a Comissão da
Verdade do Estado de São Paulo concluiu que toda a estrutura de repressão
política na ditadura militar brasileira foi planejada e obedecia a uma ordem de
comando.
“Não existem porões da
ditadura”, concluiu Ivan Seixas, um dos coordenadores da Comissão Estadual da
Verdade. E foi além: “A cadeia de comando mostra que não existia vontade
própria. Se o torturador resolvesse matar, não obedecendo à cadeia de comando,
ele seria punido. Pela cadeia de comando vê-se que do ditador, que era supostamente
o presidente (da República), até ao torturador, que estava lá na outra ponta,
todos tinham uma sequencia de comando. Obedeciam ordens e obedeciam
orientações. E quem estava embaixo prestava contas do que fez”, disse Seixas.
Mas será que precisa de
uma “Comissão Verdade” para ver que sempre foi assim. Não só no Brasil, mas em
qualquer parte do mundo, é sempre assim. Existe um pacto e ele tem que ser
cumprido. Hoje mesmo, os escândalos que estão acontecendo, sempre as ordens vêm
de cima. Está aí o “mensalão”, que claramente foi comandado de dentro do
Planalto e mais claramente está que não foi da ante sala de Lula que partiu a
ordem e sim da sala do presidente.
E quando acaba em
morte, o comando nunca foi dado pelo “Sombra” e sim, porque quem comanda a “Sombra”.
José Dirceu poderia muito bem explicar no caso do Celso Daniel.
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