sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Dificuldades pelo seu passado


Luiza Erundina na visita 

ao Doi-Codi do Rio 

Gerson Tavares
 







Existe a “Comissão Verdade”, uma comissão que até agora só serviu para um bando ficar numa boa, ganhando salário sem nada fazer, mas existe ainda a “subcomissão Verdade” que também nada faz e ainda arruma problema.  Então, no Rio de Janeiro, senadores da “subcomissão da Verdade, Memória e Justiça” da “Comissão de Direitos Humanos do Senado” sob o comando do senador do PSB/AP, João Capiberibe, e Randolfe Rodrigues, do PSOL/AP, resolveram que não iriam mais visitar o Doi-Codi/RJ, que foi um centro de tortura na "ditadura militar". A visita estava prevista para a sexta-feira passada, em acordo com o Ministério da Defesa e o Comando do Exército. Mas como diversas barreiras foram colocadas à visita e a gora d'água que faltava, o veto à deputada Luiza Erundina, do PSB/SP. Foi então que o Ministério da Defesa, que não pode ficar mal com ninguém, informou logo que o assunto seria objeto de tratativas e que apostava numa solução para resolver o impasse.

Desde o início de setembro que foi combinada a diligência que os assessores parlamentares do Exército vinham negociando com os senadores como vai se daria a visita. E como o presidente da subcomissão da Memória, João Capiberibe afirmou que foram colocadas muitas objeções por parte dos militares, ninguém sabia o que poderia acontecer. 

Um dos assessores parlamentares do Exército comunicou ao gabinete de Capiberibe que estava vetada a ida de Erundina ao Doi-Codi, mas restava ainda saber o porquê deste veto. O Exercito não deu explicações da causa desta negativa? Seria muito bom que isso fosse elucidado e assim, a elucidação veio em forma de uma reunião entre o ministro da Defesa, Celso Amorim, e os senadores João Capiberibe (PSB-AP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Ana Rita (PT-ES).

E se Erundina estava vetada, Amorim resolveu que o veto não mais existia e ela poderia entrar no Doi-Codi/Rio. Mas como as pessoas devem olhar para trás e ver o que já fizeram para ver o que poderão fazer dali para frente, tudo bem que ela, que é presidente da mesma “subcomissão na Câmara” e é autora de um projeto que prevê a revisão da Lei da Anistia para que agentes do Estado que cometeram violações como torturas, mortes e desaparecimentos sejam julgados e punidos, ela tem direitos, mas será que também não tem deveres? Será que não seria bom falar sobre tudo o que fez no passado para ter o seu nome entre os “inimigos do Exercito”?

Mas em defesa de Erundina, é bom lembrar que a Dilma, ou Estela ou outro nome que tenha usado quando baderneira, por tudo que fez durante o período militar, se o Exercito fosse levar a ferro e fogo, ela não estaria no Planalto.


Foi então que Erundina foi liberada e entrou pelo portão principal do quartel, mas sempre é bom lembrar que "Quem aqui faz, aqui paga".

Um comentário:

Francisco Hermes disse...

Quando o Exército abriu as portas de um quartel para Erundina, como poderia fechar a um seu oficial da reserva?
É dose, mas aquele senador de voz irritante achar que levou um soco do Bolsonaro, ele mostrou que não conhece o deputado.
João Pessoa