Luiza Erundina na visita
ao
Doi-Codi do Rio
Gerson Tavares
Existe a “Comissão
Verdade”, uma comissão que até agora só serviu para um bando ficar numa boa,
ganhando salário sem nada fazer, mas existe ainda a “subcomissão Verdade” que
também nada faz e ainda arruma problema.
Então, no Rio de Janeiro, senadores da “subcomissão da Verdade, Memória
e Justiça” da “Comissão de Direitos Humanos do Senado” sob o comando do senador
do PSB/AP, João Capiberibe, e Randolfe Rodrigues, do PSOL/AP, resolveram que
não iriam mais visitar o Doi-Codi/RJ, que foi um centro de tortura na "ditadura militar". A visita estava prevista para a sexta-feira passada, em acordo com o
Ministério da Defesa e o Comando do Exército. Mas como diversas barreiras foram
colocadas à visita e a gora d'água que faltava, o veto à deputada Luiza Erundina, do PSB/SP. Foi então que o Ministério da Defesa, que
não pode ficar mal com ninguém, informou logo que o assunto seria objeto de
tratativas e que apostava numa solução para resolver o impasse.
Desde o início de
setembro que foi combinada a diligência que os assessores parlamentares do
Exército vinham negociando com os senadores como vai se daria a visita. E como o presidente
da subcomissão da Memória, João Capiberibe afirmou que foram colocadas muitas
objeções por parte dos militares, ninguém sabia o que poderia acontecer.
Um dos
assessores parlamentares do Exército comunicou ao gabinete de Capiberibe que
estava vetada a ida de Erundina ao Doi-Codi, mas restava ainda saber o porquê
deste veto. O Exercito não deu explicações da causa desta negativa? Seria muito
bom que isso fosse elucidado e assim, a elucidação veio em forma de uma reunião
entre o ministro da Defesa, Celso Amorim, e os senadores João Capiberibe
(PSB-AP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Ana Rita (PT-ES).
E se Erundina estava
vetada, Amorim resolveu que o veto não mais existia e ela poderia entrar no
Doi-Codi/Rio. Mas como as pessoas devem olhar para trás e ver o que já fizeram
para ver o que poderão fazer dali para frente, tudo bem que ela, que é
presidente da mesma “subcomissão na Câmara” e é autora de um projeto que prevê
a revisão da Lei da Anistia para que agentes do Estado que cometeram violações
como torturas, mortes e desaparecimentos sejam julgados e punidos, ela tem
direitos, mas será que também não tem deveres? Será que não seria bom falar
sobre tudo o que fez no passado para ter o seu nome entre os “inimigos do Exercito”?
Mas em defesa de Erundina, é bom lembrar que a
Dilma, ou Estela ou outro nome que tenha usado quando baderneira, por tudo que fez durante o período
militar, se o Exercito fosse levar a ferro e fogo, ela não estaria no Planalto.
Foi então que Erundina foi liberada e entrou pelo portão principal do quartel, mas sempre é bom lembrar que "Quem aqui faz, aqui
paga".
Um comentário:
Quando o Exército abriu as portas de um quartel para Erundina, como poderia fechar a um seu oficial da reserva?
É dose, mas aquele senador de voz irritante achar que levou um soco do Bolsonaro, ele mostrou que não conhece o deputado.
João Pessoa
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