terça-feira, 10 de setembro de 2013

Dahas Zarur em maus lençóis

 Aconteceu. Bens e quebra sigilos, 

fiscal e bancário da 

família de Zarur

Gerson Tavares
 





Depois de um tempo em paz, não sei o porquê e muito menos em qual condição, só sei que depois que o escândalo estourou tudo ficou em “banho-maria” e claro, o advogado Dahas Chade Zarur, de 87 anos, estava tranquilo.

Mas parece que o “inferno-astral” de Zarur recomeçou e com toda a força. Além das denúncias que já haviam tirado o seu sono, agora Dahas Zarur, que está sendo investigado e já teve o seu sigilo bancário quebrado e também vasculhados os bens que ele distribuiu pela família, foi afastado do cargo de provedor da Santa Casa de Misericórdia, cargo que facilitava tudo para o seu faturamento. E como tudo está acontecendo por determinação da Justiça, era o que estava faltando para que o caminho fosse aberto para que funcionários da instituição procurassem a polícia para fazer novas denúncias contra o ex-administrador.

A pedido da Delegacia Fazendária, que investiga o patrimônio de Zarur e a venda ilegal de sepulturas nos 13 cemitérios administrados pela entidade criada com fins de filantropia, a juíza da 20ª Vara Criminal, Maria Elisa Peixoto Lubanco, determinou, além da saída dele, o bloqueio dos seus bens e a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-provedor.

A mesma medida foi aplicada à sua mulher, ao filho (já falecido), à nora e a duas netas. O jornal O GLOBO noticiou no dia 4, que nos últimos 20 anos, Zarur negociou 35 imóveis, boa parte deles no bairro do Leblon, tendo repassado a maioria a parentes, não mantendo um bem sequer em seu nome. A polícia investiga a transação de cerca de cem imóveis da Santa Casa de 2008 para cá.

E como falam que Dahas não brinca, um funcionário da Santa Casa pediu para não ser identificado ao falar que o esquema de venda dos imóveis da entidade se dava de duas formas: ou o bem era negociado à revelia da mesa diretora da instituição, encarregada de aprovar ou não as decisões do provedor, ou era vendido a um preço abaixo do valor de mercado. Na primeira situação, a venda só era lançada na ata das reuniões depois que todos os diretores assinavam a lista de presença, o que dava uma aparência de legalidade ao negócio, quando, na verdade, o bem sequer fora objeto de discussão. Há casos de imóveis que foram vendidos, mas ainda constam dos livros da entidade como alugados, com valores fictícios.

Mas se seguirem investigando, vão chegar à conclusão que o Dahas Zarur vendeu até parte de área que recebeu do Estado, o que quer dizer que são terras do povo e ele vendeu como se fosse dele. Essa área fica ali em Botafogo, pertinho da sede do Botafogo.

Mas como no Dahas já tem 87 anos, ele sabe que está livre, mas nora e netos estão aí, cheios de grana, que deverão devolver tudo o que foi roubado e se tiver idade para ser preso, que seja.


Poderia até existir idade para ir em cana, mas também deveria constar que ladrão não tem idade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu,eu,eu... Zarur se 'doeu'.