Aconteceu. Bens e quebra sigilos,
fiscal e bancário da
família de Zarur
Gerson Tavares
Depois de um tempo em
paz, não sei o porquê e muito menos em qual condição, só sei que depois que o
escândalo estourou tudo ficou em “banho-maria” e claro, o advogado Dahas Chade
Zarur, de 87 anos, estava tranquilo.
Mas parece que o
“inferno-astral” de Zarur recomeçou e com toda a força. Além das denúncias que
já haviam tirado o seu sono, agora Dahas Zarur, que está sendo investigado e já
teve o seu sigilo bancário quebrado e também vasculhados os bens que ele
distribuiu pela família, foi afastado do cargo de provedor da Santa Casa de
Misericórdia, cargo que facilitava tudo para o seu faturamento. E como tudo
está acontecendo por determinação da Justiça, era o que estava faltando para
que o caminho fosse aberto para que funcionários da instituição procurassem a
polícia para fazer novas denúncias contra o ex-administrador.
A pedido da Delegacia
Fazendária, que investiga o patrimônio de Zarur e a venda ilegal de sepulturas
nos 13 cemitérios administrados pela entidade criada com fins de filantropia, a
juíza da 20ª Vara Criminal, Maria Elisa Peixoto Lubanco, determinou, além da
saída dele, o bloqueio dos seus bens e a quebra do sigilo bancário e fiscal do
ex-provedor.
A mesma medida foi
aplicada à sua mulher, ao filho (já falecido), à nora e a duas netas. O jornal
O GLOBO noticiou no dia 4, que nos últimos 20 anos, Zarur negociou 35 imóveis,
boa parte deles no bairro do Leblon, tendo repassado a maioria a parentes, não
mantendo um bem sequer em seu nome. A polícia investiga a transação de cerca de
cem imóveis da Santa Casa de 2008 para cá.
E como falam que Dahas
não brinca, um funcionário da Santa Casa pediu para não ser identificado ao
falar que o esquema de venda dos imóveis da entidade se dava de duas formas: ou
o bem era negociado à revelia da mesa diretora da instituição, encarregada de
aprovar ou não as decisões do provedor, ou era vendido a um preço abaixo do
valor de mercado. Na primeira situação, a venda só era lançada na ata das
reuniões depois que todos os diretores assinavam a lista de presença, o que
dava uma aparência de legalidade ao negócio, quando, na verdade, o bem sequer
fora objeto de discussão. Há casos de imóveis que foram vendidos, mas ainda
constam dos livros da entidade como alugados, com valores fictícios.
Mas se seguirem
investigando, vão chegar à conclusão que o Dahas Zarur vendeu até parte de área
que recebeu do Estado, o que quer dizer que são terras do povo e ele vendeu
como se fosse dele. Essa área fica ali em Botafogo, pertinho da sede do
Botafogo.
Mas como no Dahas já
tem 87 anos, ele sabe que está livre, mas nora e netos estão aí, cheios de
grana, que deverão devolver tudo o que foi roubado e se tiver idade para ser
preso, que seja.
Poderia até existir idade
para ir em cana, mas também deveria constar que ladrão não tem idade.
Um comentário:
Eu,eu,eu... Zarur se 'doeu'.
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