terça-feira, 3 de setembro de 2013

Patriota dançou


Patriota nada camarada

Gerson Tavares
 








Patriota no nome, mas “idiota” em sua função. É mais ou menos assim que vejo a situação do ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, que passou as ordens que vieram do Planalto, para que os seus “ajudantes” dessem o maior apoio a um senador boliviano que é um dos muitos opositores ao governo “Evo Morales”. O senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava já há mais de um ano asilado na embaixada brasileira em La Paz, de uma hora para outra apareceu no Brasil, como num verdadeiro passe de mágica. E quando o governo boliviano descobriu que um mágico brasileiro havia dado um golpe de desrespeito internacional, sentiu naquele momento que, o que bom para o Brasil, pode ser péssimo para a Bolívia.

Foi então que a Dilma sentiu na carne o que é desrespeitar governos, coisa que ela é mestre e não respeita ninguém. Mas será que a Dilma lembrou que um dia, dentro daquele período que ela e seus “camaradas” chamam de “tempos de chumbo”, Brizola estava no Uruguai, para onde fugiu quando era caçado pelas forças militares, mas conseguiu um “salvo-conduto” para viajar para os Estados Unidos? Ela deve saber que o avião em que estava voando o Brizola, não tinha autonomia para fazer um voo direto Uruguai/Estados Unidos e assim teria que fazer reabastecimento em solo brasileiro. Assim sendo, a aeronave fez um pouso de reabastecimento na base Aérea do Galeão. E Dilma sabe que o Brizola permaneceu a bordo da aeronave e nem se quer foi molestado pelo governo brasileiro. Depois do procedimento necessário para o reabastecimento, o avião prosseguiu seu voo e assim o governo militar mostrou respeito pelas leis internacionais, coisa que agora, o governo petista mostrou que não respeita.

Mas como existem governos e desgovernos, o “desgoverno” brasileiro agora mostrou que não conhece as leis internacionais. Se o senador boliviano já estava asilado na embaixada brasileira, não seria necessário que o Brasil desse uma de “ladrão” ao roubar um individuo caçado pela Bolívia para tira-lo do país.

Mas não me venham com essa de que Dilma não sabia nada daquilo que estava acontecendo. Claro que todos sabiam, tanto é que até dois “briosos” fuzileiros navais deram cobertura para Molina sair do solo boliviano em segurança.           

Molina chegou a Brasília em avião da família do senador Ricardo Ferraço, do PMDB e foi acompanhado de Ferraço que ele desembarcou em Brasília. Claro que o Ferraço não foi até a Bolívia, mas esperava pelo Molina em Corumbá, já do lado de cá da fronteira. De La Paz até ali, Molina foi acompanhado pelo encarregado de negócios do Brasil em La Paz, Eduardo Saboia, em um carro da embaixada brasileira. Não podemos esquecer que o senador Ricardo Ferraço, do “PMDB/ES”, é presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

E para ficar mais clara ainda a participação de Dilma nesse escândalo, Molina ao falar à imprensa agradeceu aos “governantes” brasileiros e a Dilma é a “grande chefe” dessa “quadrilha” que aí está: “Fiz boa viagem acompanhado do senador. Devo agradecer a todo Brasil e suas autoridades”.

E agora só o Patriota saiu do governo. Será que a Dilma, para se penitenciar por mais esse “erro de conduta” não deveria também se demitir? Antonio Patriota deixou o governo após reunião com a presidente Dilma Rousseff, mas Dilma continuou para fazer mais “cacas”. E ainda para corroborar o que estou dizendo, que a Dilma sabia de tudo, o Patriota que pediu para sair, passará a ser o novo representante do Brasil nas Nações Unidas. Prêmio para uma “grande cagada”?


Não acredito. Só pode ser sacanagem. 

Um comentário:

Dilma das Neves Castro disse...

De patriota não existe nada neste governo. São todos uns espertos que para se dar bem assumem até culpas que outros deviam assumir. Pedir demissão com um cargo na ONU já esperando é mole.
Franca - SP