Patriota nada camarada
Gerson Tavares
Patriota no nome, mas
“idiota” em sua função. É mais ou menos assim que vejo a situação do ministro
de Relações Exteriores, Antonio Patriota, que passou as ordens que vieram do Planalto,
para que os seus “ajudantes” dessem o maior apoio a um senador boliviano que é
um dos muitos opositores ao governo “Evo Morales”. O senador boliviano Roger
Pinto Molina, que estava já há mais de um ano asilado na embaixada brasileira
em La Paz, de uma hora para outra apareceu no Brasil, como num verdadeiro passe
de mágica. E quando o governo boliviano descobriu que um mágico brasileiro
havia dado um golpe de desrespeito internacional, sentiu naquele momento
que, o que bom para o Brasil, pode ser péssimo para a Bolívia.
Foi então que a Dilma
sentiu na carne o que é desrespeitar governos, coisa que ela é mestre e não respeita
ninguém. Mas será que a Dilma lembrou que um dia, dentro daquele período que
ela e seus “camaradas” chamam de “tempos de chumbo”, Brizola estava no Uruguai,
para onde fugiu quando era caçado pelas forças militares, mas conseguiu um
“salvo-conduto” para viajar para os Estados Unidos? Ela deve saber que o avião
em que estava voando o Brizola, não tinha autonomia para fazer um voo direto
Uruguai/Estados Unidos e assim teria que fazer reabastecimento em solo
brasileiro. Assim sendo, a aeronave fez um pouso de reabastecimento na base
Aérea do Galeão. E Dilma sabe que o Brizola permaneceu a bordo da aeronave e
nem se quer foi molestado pelo governo brasileiro. Depois do procedimento
necessário para o reabastecimento, o avião prosseguiu seu voo e assim o governo
militar mostrou respeito pelas leis internacionais, coisa que agora, o governo
petista mostrou que não respeita.
Mas como existem
governos e desgovernos, o “desgoverno” brasileiro agora mostrou que não conhece
as leis internacionais. Se o senador boliviano já estava asilado na embaixada
brasileira, não seria necessário que o Brasil desse uma de “ladrão” ao roubar
um individuo caçado pela Bolívia para tira-lo do país.
Mas não me venham com
essa de que Dilma não sabia nada daquilo que estava acontecendo. Claro que
todos sabiam, tanto é que até dois “briosos” fuzileiros navais deram cobertura
para Molina sair do solo boliviano em segurança.
Molina chegou a
Brasília em avião da família do senador Ricardo Ferraço, do PMDB e foi acompanhado
de Ferraço que ele desembarcou em Brasília. Claro que o Ferraço não foi até a
Bolívia, mas esperava pelo Molina em Corumbá, já do lado de cá da fronteira. De
La Paz até ali, Molina foi acompanhado pelo encarregado de negócios do Brasil
em La Paz, Eduardo Saboia, em um carro da embaixada brasileira. Não podemos
esquecer que o senador Ricardo Ferraço, do “PMDB/ES”, é presidente da Comissão
de Relações Exteriores do Senado.
E para ficar mais clara
ainda a participação de Dilma nesse escândalo, Molina ao falar à imprensa
agradeceu aos “governantes” brasileiros e a Dilma é a “grande chefe” dessa “quadrilha”
que aí está: “Fiz boa viagem acompanhado do senador. Devo agradecer a todo
Brasil e suas autoridades”.
E agora só o Patriota
saiu do governo. Será que a Dilma, para se penitenciar por mais esse “erro de
conduta” não deveria também se demitir? Antonio Patriota deixou o governo após
reunião com a presidente Dilma Rousseff, mas Dilma continuou para fazer mais “cacas”.
E ainda para corroborar o que estou dizendo, que a Dilma sabia de tudo, o Patriota
que pediu para sair, passará a ser o novo representante do Brasil nas Nações
Unidas. Prêmio para uma “grande cagada”?
Não acredito. Só pode
ser sacanagem.
Um comentário:
De patriota não existe nada neste governo. São todos uns espertos que para se dar bem assumem até culpas que outros deviam assumir. Pedir demissão com um cargo na ONU já esperando é mole.
Franca - SP
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