Se é assim,
então vamos analisar
Gerson Tavares
Roger Pinto Molina, um senador
boliviano, desembarcou no aeroporto internacional de Brasília acompanhado pelo
senador Ricardo Ferraço, do PMDB/ES, que é o presidente da Comissão de Relações
Exteriores do Senado. Roger Pinto Molina deixou a capital da Bolívia, La Paz,
em um carro da embaixada brasileira até Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
O senador estava
asilado na embaixada brasileira na Bolívia havia mais de um ano, alegando
perseguição política do governo Evo Morales. Ao desembarcar em Brasília, Pinto
agradeceu às autoridades brasileiras.
O senador Ferraço, falou
que o Pinto Molina utilizou o carro da embaixada brasileira acompanhado, de La
Paz até ali Corumbá, pelo encarregado de negócios do Brasil em La Paz, Eduardo
Saboia e ainda de fuzileiros navais, viajando por 22 horas até Corumbá. Já na
cidade brasileira, Pinto foi recebido por agentes da Polícia Federal. Como a
reciprocidade é sempre digna de aplausos, Molina embarcou em avião particular
de familiares de Ferraço até Brasília, onde vai ficar hospedado no apartamento
do senador brasileiro. Para desmentir a Dilma, que diz que nada sabia, de
acordo com declarações do Ferraço, a organização para a vinda de Pinto Molina foi
feita "em conjunto" entre as autoridades brasileiras.
Quando foi perguntado
ao Molina se ele temia ter problemas para receber agora, já fora da Bolívia, o
salvo-conduto, o documento que garante o livre trânsito no território
brasileiro, o medroso “safardana” preferiu não responder. Mas para tentar
aparecer, disse que vai "esperar um momento oportuno uma vez que ainda não sabe a
decisão das autoridades".
Já o Ferraço diz que o
Brasil já havia solicitado o salvo-conduto e trata-se de "uma iniciativa
de soberania nacional" e que o país fez um "gesto de solidariedade
humana". Pelo que falou o Ferraço, já que o Brasil havia “solicitado o
“salvo-conduto”, a atitude não foi absurda e sim, uma “providência antecipada”. E falou: “A medida em que o governo brasileiro já tinha dado asilo e já tinha solicitado
salvo-conduto e o salvo-conduto é de fato uma iniciativa de soberania nacional,
eu não vejo qualquer problema na vinda dele para o Brasil que é, antes de tudo,
um gesto de solidariedade humana. Foram 455 dias em condições absolutamente
restritas e estamos diante de um perseguido político por ausência de democracia
na Bolívia".
E foi aí que o senador brasileiro mostrou que
não houve no Brasil aquela ditadura militar tão “cantada e versos e prosas”
pela Dilma e companhia. Disse o Ferraço: "Nos tempos mais difíceis, nas “ditaduras”
mais duras daqui da América do Sul, como o caso do de Augusto Pinochet do
Chile, todos os salvos-condutos foram concedidos, portanto estamos diante de
uma ditadura arbitrária".
Já o Pinto Molina
falou: "Espero que continue meu asilo, eu tenho asilo e espero que
continue". Ele sabe que essa moleza pode acabar e realmente ele não quer
perder essa ‘boca rica’.
Quando ele falou isso,
é porque ele conhece a sua atual realidade. E a ministra boliviana da
Comunicação, Amanda Dávila, já falou que se o senador Pinto Molina não estiver
mais no território boliviano, mesmo que fosse dentro da embaixada brasileira,
ele terá seu status mudado de refugiado para o de foragido da Justiça, sujeito
à extradição.
Mas Ferraço, que fez a
“cagada”, diz que o Pinto Molina veio na condição de refugiado. E para
justificar a “merda” que fez, diz o senador: “Ele não é foragido. Ele foi
recepcionado em Corumbá, adotou todos os procedimentos. O governo brasileiro já
tinha concedido asilo político antes do salvo-conduto. Ele está acolhido no
Brasil como refugiado, como perseguido político. O importante é que ele está
seguro, com sua vida preservada, portanto distante de qualquer tipo de
perseguição política como ele vinha sofrendo na Bolívia simplesmente porque era
o líder da oposição e porque denuncia todo o envolvimento do narcotráfico na
Bolívia".
Mas esse processo de
trazer o Molina, mesmo que fosse ilegalmente, era "favas contadas". Tanto é verdade, que a mulher, os três
filhos e quatro netos do senador boliviano também estão no Brasil. Eles
chegaram meses atrás. O Itamaraty não quis comentar a chegada de mais esse
Pinto ao Brasil.
e neste momento fico muito tranquilo e à vontade para falar desse fato, já não morro de amores por Evo Morales, mas que o governo
brasileiro rompeu todas as barreira da moralidade do Código Internacional,
claro que rompeu e eu nunca vou negar.
Mas também, o que
esperar de um governo que tem a Dilma como mandatária?
Um comentário:
E alguém tem dúvida que o governo brasileiro sabia que o cara viria para o Brasil? Quando alguma coisa não presta para os outros, o Brasil abraça. Este é o Brasil do PT.
Rio
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