segunda-feira, 28 de março de 2011



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Sempre quem se “fux” é o povo




Gerson Tavares


Até que eu gostaria de esquecer o assunto, mas não dá para ficar calado quando por onde você anda sempre encontra alguém malhando o STF, o órgão máximo da Justiça brasileira. Como esquecer um fato que denigre a magistratura do país com uma única canetada. E lembrar que levou tanto tempo para ser escolhido esse ministro e aí ele chega é faz essa lambança.


Tudo bem que a pouca vergonha sobre a “Lei Ficha Limpa” já vem lá do Senado, quando num golpe de enganadores, trocaram o tempo do verbo e aquilo que seria “aqueles que tenham sido condenados” passou a ser, “os que forem condenados”. Essa modificaçãozinha foi feita pelo “safardana”, representante do Estado do Rio de Janeiro, senador Francisco Dorneles. Lembro bem que o relator da matéria na Constituição de Constituição e Justiça, Demóstenes Torres, falou que só tinha havido uma “pequena” mudança na redação final.


Mas uma modificação que já salvava muita gente e entre esses, o “gatuno juramentado” Paulo Maluf, que já naquela época era procurado pela Interpol. E o corporativismo continuou por aí e como em “corporativismo” entra “participação” e os Poderes estão ensarilhados para muitas coisas e entre essas coisas está o “ganho”, quem quer salvar seus aumentos tem mais é que votar com aqueles que fazem as leis.


E os argumentos que apresentam, são calcados nessas leis que fazem parte de uma Constituição que foi votada por políticos, políticos que hoje estão rindo do povo que vota e acaba vendo o seu voto ir pelo ralo da vergonha.


Só que, como se não bastasse o descrédito que passa o político, agora temos que conviver com o descrédito que também se volta para aqueles “legisladores” togados que estão cometendo os mesmos deslizes e com seus atos arbitrários vão contra a opinião pública sem nenhum respeito.


Mas o ato de Luiz Fux não está marcando a impunidade só por agora. Com seu ato, Fux poderá dar fim a uma aspiração da população brasileira. Mais de um milhão e seiscentas mil assinaturas foram para o lixo com esse ato tresloucado do Fux, mas isso pode ser só o início. O ministro Ricardo Lewandowiski, presidente do STE, mostrando lucidez em relação ao corporativismo dos Três Poderes, falou sobre o futuro: “Não tem nada seguro”.


Assim sendo, “Pare o mundo que eu quero descer”.

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