quinta-feira, 24 de março de 2011



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Voltando no tempo




Gerson Tavares

O domingo já vai longe, mas não custa nesta quinta-feira lembrar a passagem de Barack Obama pelo Rio de Janeiro. Não pelo valor de sua estada, mas sim para colocarmos em pratos limpos todo o imbróglio que originou a organização do seu pronunciamento ao povo carioca.

Para o governo americano era de suma importância que o Obama fizesse aquele pronunciamento ali na Cinelândia, palco das maiores movimentações políticas do país. Quase tudo que um dia aconteceu de sério em movimentação popular, teve seu início ali, na “praça do povo”. Com isso, nada melhor para Obama, em tempos de desconfiança por tudo que vem acontecendo no Oriente Médio e norte da África, como dar esta cartada para que o mundo se rendesse à vontade americana.

Seria o ponto alto de toda a estada da família Obama pelo Brasil, mas isso desagradava em muito a presidente Dilma Rousseff, o que deu força para um clima de desconforto entre Brasil e Estados Unidos. O governo brasileiro nada fez para que aquele evento acontecesse e tudo que estava sendo montado era por obra e graça do governo americano. E até a manhã da véspera da chegada de Barack tudo estava sendo montado para o pronunciamento, para logo depois, os operários recolherem todo o material que já estava sendo colocado em seus devidos lugares. Numa mistura de decepção e alívio, foi anunciada a “morte” do pronunciamento.

Dilma mostrou que não está dormindo de toca e os americanos recuaram muito em suas intenções. Se eles trouxeram Barack Obama para uma missão de trabalho, de troca de interesses, de negócios, tudo bem, as reuniões aconteceram. Mas se a viagem foi uma desculpa para promover o Obama, uma viagem de marketing pessoal do presidente negro, os americanos perderam a guerra.

E depois que tudo passou, deu para notar que a Casa Branca montou um esquema de cobertura da imprensa americana como nunca havia feito, trazendo em voo oficial não só a imprensa americana, mas também estrangeira, que foi credenciada para cobrir a viagem. Quase toda a comitiva de imprensa desembarcou com antecedência de um dia da chegada da comitiva da Casa Branca. Só ali foram 62 jornalistas que desembarcaram na Base Aérea de Brasília e mais 13 representantes da mídia vieram no voo, junto com o presidente. Uma cobertura total para que o mundo visse que é Barack Obama quem dá as “cartas do jogo”.

Mas pelo visto, o cassino era clandestino e estouraram a banca do Barack.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Barack Obama não veio à América do Sul para distribuir benesses e sim para angariar negócios para o bem próprio.

Se ele estivesse em viagem de troca de interesses, não havia razão para aquela palhaçada de "falar" com o brasileiro na Cinelândia.

Era tudo para mostrar ao mundo que ele é o dono do mundo.

Manoel Hilário Gouveia
Barra da Tijuca - RJ