segunda-feira, 21 de março de 2011



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Atrás deste Jirau tem pólvora




Gerson Tavares

O mundo está assustado com as usinas nucleares do Japão que podem contaminar o mundo, mas enquanto isso usinas hidroelétricas brasileiras tiram o sono de muita gente.

Como se não bastasse à usina de Belo Monte que está ameaçando a vida do Rio Xingu com essa obra que está há todo momento conseguindo liminar, mas que por sorte ainda encontramos alguém mais justiceiro que a Justiça e novamente embarga a obra.

Belo Monte ainda será belo por algum tempo, esperamos, mas bem perto dalí está o Rio Madeira que já está sendo “barrado” pela Usina Hidroelétrica do Jirau, em Rondônia. Esta obra faz parte do PAC, aquele tão famoso “Projeto de Aceleração do Crescimento”. Ali estavam até bem poucos dias vinte e dois mil trabalhadores no canteiro de obras. Mas desde a quarta-feira passada, quando o tempo esquentou, a pedido do governador do estado, Confúcio Moura, o ministério da Justiça mandou perto de seiscentos homens da Força Nacional para controlar a situação de medo e terror que se implantou na região.

Mas para que a coisa não degringole ainda mais, Moura também pediu ajuda do Exército, da Aeronáutica e da Marinha, pois ali existem muitos depósitos de explosivos e do modo como os trabalhadores estão revoltados, tudo pode acontecer, inclusive, a própria empresa responsável pela obra, para culpar o trabalhador, com um simples rastilho de pólvora mandar pelos ares um dos depósitos.

E por que esta revolta de um momento para outro? Como acontecia muito com os bóias-frias, o “trabalho escravo” pode estar voltando agora nessas obras faraônicas. E isso está muito bem caracterizado quando as principais reclamações dos trabalhadores é contra a truculência de encarregados, seguranças e motoristas da empresa e o estopim dessa grita que está acontecendo foi exatamente a agressão que um trabalhador sofreu por parte daqueles responsáveis pela “vigilância” ao trabalho.

Com a revolta dos trabalhadores foram destruídos 60 veículos e praticamente todos os alojamentos do lado direito da obra. E os trabalhadores alojados à margem esquerda só conseguiram deixar o lugar com policiamento armado. Pelo que falam foram queimados 45 ônibus, 15 carros e 45 instalações e ficaram sem abrigo cerca de doze mil trabalhadores.

As obras estão paradas e não existe previsão para retomada e segundo um diretor do “Energia Sustentável”, o consórcio responsável pelo empreendimento, essa paralisação poderá comprometer a entrega da usina no prazo previsto.

Mas seria hora do Consórcio Energia Sustentável procurar ver o que está acontecendo de verdade. Os trabalhadores estão reclamando que a Camargo Correa cortou o pagamento das horas extras aos trabalhadores e eles já vêm a muito reivindicando aumento da cesta básica, coisa para qual, a Camargo Correa finge que não está nem aí.

Seria hora do Ministério do Trabalho chegar junto. É preciso verificar o que de fato vem acontecendo naquela região. O trabalhador, longe dos grandes centros, sempre está sujeito a exploração.

É hora de olhar com mais carinho pela banda mais fraca. E é lógico que as empreiteiras, por garantirem polpudas quantias para as campanhas políticas, são sempre da banda mais forte.

Isto é uma vergonha!

2 comentários:

Anônimo disse...

Como sempre o trabalhador é escravo. Bem diferente daquilo que dizem por aí, o trabalhador no interior deste país está sendo escravisado. E isso parte até mesmo por parte de muitos políticos que estão aí dando uma de santinhos. Temos até senador que já foi acusado de trabalho escravo em suas terras e tudo ficou por isso mesmo.

Enquando o povo não cobra, eles vão se elegendo e dando às empresas que trabalham para o governo a mesma condição de liberdade de uso de trabalho escravo.


Lucinda Campos Sales
São Paulo

Anônimo disse...

Trabalho escravo é uma norma para esses empreiteiros que trabalham pelo interiuor e principalmente para os fazem serviços para o governo.

Entre os políticos é coisa muito natural explorar mão de obra escrava e é baseado nesses, que o parceiro do governo trata seu escravo.

Severino Silva Rodrigues
Crato - Ceará