segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pensão criada pelo marechal Deodoro ainda consome R$ 58,6 mi da União





Tudo começou com o Cabral



Quando Pedro Alváres Cabral aportou na costa da Bahia, ele não sabia o que estava fazendo. Mas como ao seu lado estava Pero Vaz Caminha, tudo começou ali. Depois foi só uma questão de tempo e outros foram chegando aos comandos desta terra tupiniquim e hoje deu nisso que se vê todos os dias.

Por isso hoje vamos mostrar que tudo, além de vir de longe, é duradouro. Um século depois de criado pelo marechal Deodoro, um desconhecido “Montepio Civil da União” sobrevive até os dias de hoje pagando vultosas pensões vitalícias, em média de R$ 20 mil mensais, a 237 herdeiros da alta magistratura. Em 2010, o Tesouro Nacional gastou R$ 58,6 milhões para pagar as aposentadorias ao seleto grupo de beneficiários.

Em dados do Ministério da Fazenda ficamos sabendo que os gastos com o pagamento de pensões do montepio vêm se mantendo estáveis nos últimos anos. O número de benefícios ficou inalterado. Em 2009, o governo desembolsou R$ 58,3 milhões para pagar os 237 pensionistas. Em uma década, o montante de beneficiários do montepio encolheu drasticamente: hoje é 15 vezes menor do que as 3.719 pessoas que desfrutavam do benefício em 2000 e nós temos mais é que dar Graças a Deus.

Esta queda acentuada no número de pensões pagas se deve à extinção da possibilidade de aderir ao montepio. Desde 10 de maio de 1991, quando foi revogado o decreto que regulamentava a concessão do benefício, o Ministério da Fazenda não aceita mais adesões. Os valores pagos hoje são para beneficiários de quem entrou no sistema até o início da década de 90. Mesmo assim, a liberação dessas pensões continua pressionando as contas da previdência do funcionalismo público. As contribuições adicionais feitas pelos servidores para bancar a pensão vitalícia de seus familiares são insuficientes para cobrir as despesas.

Enquanto isso o governo diz que são os aposentados do INSS que pesam aos cofres públicos.

Parem o mundo que eu quero descer!

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