quinta-feira, 14 de abril de 2011

E agora José?







Jair Bolsonaro não quer brincadeira e joga pesado





Não faltava mais nada para o José Dirceu. Quando todos caem de pau para cima de Jair Bolsonaro, deputado federal pelo PP do Rio de Janeiro, o deputado decidiu arrolar o ex-ministro e ex-deputado José Dirceu como sua testemunha de defesa no processo em que é investigado por racismo e homofobia, se por acaso for enviado ao Conselho de Ética da Câmara. Bolsonaro adiantou que, se for preciso, recorrerá também ao ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

Para começar a briga, Bolsonaro disse que escolheu Dirceu para sua defesa no caso de racismo porque, em 1993, o ex-deputado assinou uma proposta de emenda constitucional que restabelecia o trabalho escravo no Brasil. E pôs Rebelo na reserva pelo mesmo motivo. Há 17 anos, segundo Bolsonaro, a Folha de S. Paulo levou ao Congresso um "projeto de emenda constitucional" que propunha a volta da escravidão. O jornal fez isso para provar que os parlamentares assinavam projetos sem os ler. Outros que assinaram o projeto foram Geraldo Alckmin (PSDB), hoje governador de São Paulo, e o deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE).

Foi o próprio Jair Bolsonaro que preparou a defesa junto à Corregedoria da Câmara. Nela, ele afirma que não é racista. E que a polêmica surgida depois da exibição do programa CQC, da TV Bandeirantes, que levanta a suspeita de racismo, ocorreu porque confundiu com homossexualismo uma pergunta da cantora Preta Gil sobre a possibilidade de seu filho relacionar-se com uma mulher negra.

Depois da polêmica, o próprio programa CQC mostrou que Bolsonaro é casado com uma mulata e tem um cunhado negro. "Foi o programa que tratou meu cunhado como negro", disse Bolsonaro. E completou: "Eu não tenho orgulho nem vergonha de meu cunhado ser negro. Acho que isso é normal".

Agora só resta a turma cair de pau naqueles que estão listados por Bolsonaro.

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