A CPI dos cartões vai ser uma guerra,
diz Marisa Serrano
BRASÍLIA – “Vai ser uma guerra”. Foi com esta frase que a presidente da CPI dos Cartões Corporativos, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), definiu o clima que deverá tomar conta da reunião da comissão de inquérito hoje. De um lado, a oposição que quer votar 34 requerimentos de convocação, incluindo o de Erenice Guerra, braço-direito da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e apontada como suposta coordenadora do dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De outro lado, a base aliada que decidiu esticar a corda e quer que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) explique como teve acesso às informações contidas na papelada.
Parece até um troca-troca: “Se eles querem que o senador Álvaro Dias se explique, então aí temos de trazer a ministra Dilma também”, afirmou ontem à noite a senadora.
Parece até um troca-troca: “Se eles querem que o senador Álvaro Dias se explique, então aí temos de trazer a ministra Dilma também”, afirmou ontem à noite a senadora.
“Diante do novo quadro, temos que solicitar a presença do senador Alvaro Dias para se explicar na CPI. Afinal, ele ocultou o dossiê por mais de um mês”, observou o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI dos Cartões Corporativos. “Estou analisando junto ao corpo jurídico do Congresso se cabe inclusive convocar o senador para depor na CPI”, disse o deputado Sílvio Costa (PMN-PE), um dos integrantes da tropa de choque do governo na comissão de inquérito.
Mais cedo, antes de o senador Álvaro Dias admitir publicamente que conhecia o conteúdo do suposto dossiê com gastos de verbas públicos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua família, os partidos de oposição fizeram um almoço na casa de Marisa Serrano para traçar uma estratégia de atuação. Decidiram a votação de 34 requerimentos de convocação de autoridades governamentais. Era uma forma de expor os governistas que seriam obrigados a derrubar todos os pedidos feitos pela oposição.
E para completar esse troca-troca, apareceu o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), com a sua opinião: “Os governista vão tem de assumir a responsabilidade de colocar toda a sujeira debaixo do tapete”.
Com a derrota dos requerimentos, os partidos de oposição pretendiam investir em uma CPI integrada apenas por senadores. Em uma comissão só do Senado, o governo tem maioria apertada. Na CPI mista em andamento, a maioria do governo é acachapante e a oposição não consegue aprovar nenhuma de suas propostas.
Enquanto isso acontece, já deve ter algum aliado do governo armando mais um escândalo para acabar logo com essa pizza que já está mofando.
Ah, esta última parte, quem disse não foi nenhum político não.
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