INTERNACIONAL
Paraguai vota em meio a denúncias
e escândalos
ASSUNÇÃO – Escândalos e acusações de fraude por todas as partes e o Paraguai irá realizar no próximo domingo, 20, eleições gerais para a escolha do próximo presidente da República. Sete candidatos disputam o pleito, mas três têm reais chances de ganhar. O líder das pesquisas é o esquerdista Fernando Lugo, da Aliança Patriótica para a Mudança, que ameaça colocar fim a mais de seis décadas de hegemonia do Partido Colorado, do atual presidente Nicanor Duarte. Pelas últimas projeções, Lugo tem a preferência de 34% do eleitorado. A candidata do governo é a ex-ministra da Educação Blanca de Ovelar, que conta com 28,5 % da intenções, atrás do ex-general Lino Oviedo, que tem 29% dos votos.
Ex-bispo católico Fernando Lugo é próximo aos movimentos sociais paraguaios e concorre em uma frente de sete partidos que inclui liberais e esquerdistas. Ele deixou o sacerdócio em 2006, por causa da proibição constitucional de que líderes religioso concorram à presidência.
Com uma plataforma política que inclui a reforma agrária e mudanças estruturais no país, Lugo construiu sua candidatura com um discurso que também prega a revisão dos tratados da Hidrelétrica Binacional de Itaipu, assinados em 1973 por Brasil e Paraguai.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, em outi=ubro de 2007 Lugo disse: “O Brasil tem uma dívida histórica com o Paraguai, que se pode pagar com a concessão de um tratamento diferenciado nas relações entre os dois países. No caso de Itaipu, o Brasil deveria pagar a preço de mercado e não a preço de custo, como prevê a parceria, a energia excedente que o Paraguai não consome”. Lugo também é um crítico dos brasileiros que têm propriedades de terra no Paraguai, os chamados 'brasiguaios', que são cerca de 300 mil. Ele já chegou a defender a expropriação de latifúndios pertencentes a brasileiros.
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