quarta-feira, 30 de abril de 2008

BRASIL
Tarso Genro defende dossiê e diz que reunir informações não é crime
Tarso Genro é a favor de dossiê,
principalmente quando é contra adversário



BRASÍLIA – O ministro da Justiça, Tarso Genro, voltou a defender a elaboração de dossiês para fins lícitos. Tarso disse que não é crime qualquer governo de qualquer parte do mundo realizar “coletânia” de documentos e informações. Segundo ele, políticos e integrantes do governo podem fazê-lo desde que os fins sejam lícitos.

“Qualquer governo, qualquer parlamentar, qualquer pessoa, qualquer jornalista pode organizar documentos, classificá-los para fins lícitos, como por exemplo, dar uma notícia, defender-se de uma determinada acusação, como defender de um trabalho que está sendo feito”, afirmou o ministro.

Em seguida, Tarso reiterou que esse tipo de procedimento não é ilegal. “Só disse e repito: fazer uma coletânia de documentos, organizá-los e usá-los para fins lícitos não é crime nem aqui, nem no Japão nem nos Estados Unidos nem parte alguma do mundo”, afirmou ele.

O comentário do ministro é uma referência às suspeitas de que integrantes da Casa Civil foram os responsáveis pela elaboração do dossiê com informações sigilosas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e integrantes de sua equipe com o uso de cartões corporativos e contas B.

Como exemplo sobre a legalidade de elaborar um dossiê, Tarso citou o fato de possuir um martelo em casa. Segundo ele, o martelo pode ser um objeto de trabalho, mas também se torna uma arma, dependendo da situação.

Muitos dizem ser este também o caso de se ter um ministro da Justiça que pode ser um “objeto de trabalho” quando olha o bem comum e, ser “uma arma” quando só olha em prol dos “companheiros”.

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