quarta-feira, 30 de abril de 2008

Bandido agora tem crachá de trabalhador. Mas isso, já era esperado


Gerson Tavares

A polícia subiu os morros do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo, na Zona Sul do Rio. Policiais da Delegacia de Combate às Drogas e da Coordenadoria de Recursos Especiais encontraram uma mini-refinaria de drogas no Morro Pavão-Pavãozinho e foram apreendidos cocaína, uma prensa grande, granada, fuzil e pistola israelense. Na refinaria improvisada eram processados 25 kg de cocaína por dia e no mês, a média de produção era de 250 Kg. A droga era distribuída por vários morros da região.
Durante a operação, o bandido Adalto do Nascimento Gonçalves, 28 anos, conhecido como "Pitbull", um dos chefões do tráfico na favela do Cantagalo, foi preso. Aí começou a aparecer o que pode tornar-se uma rotina. Adauto, que não é um qualquer na hierarquia do tráfico, ele que é “chefe do tráfico”, estava com um crachá de vigia do PAC, quer dizer, crachá de vigia de um dos filhos da “mãe” Dilma.

Contra o “vigia” do PAC, já havia um mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça a pedido da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, mas ele “continuava trabalhando” como vigia do PAC.

Bandidos dos morros Chapéu-Mangueira e Babilônia, no Leme, teriam se refugiado no Pavão-Pavãozinho. Devido aos constantes tiroteios, os 250 operários da Construtora OAS que trabalham nas obras do PAC na comunidade, tiveram que interromper o serviço, mas já voltaram ao trabalho e lógico, com uma baixa, o "Pitbull". Mas quantos mais, iguais a "Pitbull", podem ter voltado ao trabalho?

Gente, esse PAC ainda vai acabar em algum reformatório ou até mesmo, em alguma prisão de segurança máxima.

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