Desabafo
de procurador marca julgamento
Roberto
Gurgel colocou
Dirceu em seu devido lugar
O
Supremo Tribunal Federal retomou na sexta-feira o julgamento do mensalão com a
leitura da acusação contra os 38 réus no processo e foi o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, que falou por mais de cinco horas sobre os crimes
que José Dirceu, Marcos Valério, Delúbio Soares e toda a “quadrilha” fizeram e
que recebeu o nome de “Mensalão”.
Por
todo o tempo em que Gurgel falou, com longas leituras de trechos das alegações
finais, com poucas intervenções pessoais e muitas referências às provas, ele
mostrou para quem quisesse ver, que José Dirceu era o “grande cabeça da
quadrilha”. Deixou claro que tudo aconteceu dentro do Palácio do Planalto, ali
na sala do José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil, uma sala contigua a sala
da Presidência que à época era ocupada pelo Luiz Inácio da Silva.
Mas se olharmos bem tudo que vem acontecendo nos
últimos tempos, com o Lula lutando para barrar o julgamento no Supremo,
chega-se a conclusão que Roberto Gurgel até poderia dizer que o José Dirceu era
o segundo homem na hierarquia da “quadrilha”, pois o Luiz Inácio, vulgo “Lula”,
poderia muito bem ser na época o “grande chefe”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário