sexta-feira, 24 de agosto de 2012


Privatização ou concessão é a diferença

Gerson Tavares





Para fechar a semana não quero falar de julgamento, mas como tudo neste País tem que ao final ser julgado, resolvi que hoje vou falar de “privatizações” e “concessões” e assim provocar mais um julgamento. Lembro bem que um dia o governo resolveu privatizar várias empresas e serviços estatais e sem que ninguém entendesse o porquê, elas passaram a funcionar e melhor ainda, passaram a dar lucros de causar inveja.

E assim o governo foi transformando aquelas empresas que eram “cabides de empregos” em uma grande fonte de renda. Se elas passaram a gerar lucros para os empresários que assumiram aquelas empresas , em sua maioria, quase falidas, para o governo foi uma grande cartada, porque passou a não ter tantos “empregados” fictícios e ainda passou a receber uma gama de impostos na mesma escala que das grandes empresas.

Lógico que os pelegos e políticos ligados aos sindicatos ficaram na bronca. Onde vamos colocar nossos cabos eleitorais e os verdadeiros “vagabundos” que vivem à beira das colocações em empresas estatais? Eles que nem precisavam marcar o ponto, agora já não teriam mais aquela garantia para trabalhar para os maus políticos.

Foi aí que a oposição conseguiu entre tantas outras jogadas, virar o jogo e virar governo. Depois que Lula deixou de ser um pelego para ser presidente da República, viu que privatizar era bom e então precisavam dar continuidade ao ciclo das privatizações. O Lula já não precisava mais colocar o seu pessoal em empreguinhos de empresas que estavam capengas e que só existiam porque o dinheiro vinha do cofre da “viúva” e já tinha como colocar toda a “patota” em cargos do governo que estava em suas mãos.

E assim Lula deu continuidade na transformação, primeiramente com as estradas federais que foram entregues em “concessão”, assim como outras que já estavam “privatizadas”. Também algumas empresas entraram no rol das “concessões" e assim, depois de oito anos de governo, Lula entregou o bastão para a Dilma Rousseff.

Dilma não queria nem ouvir falar em “privatização”, mas talvez por desconhecer que “privatização” e “concessão”, no final da estória, é a mesmíssima coisa. Mas ela fingindo não saber, passou a fazer as “concessões” e sempre maldizendo as “privatizações”.

Enquanto isso o povinho está aplaudindo o discurso contra as privatizações, mas em sua ignorância, que lhe é garantida pela má instrução que o governo oferece a população, não sabe que hoje o Brasil privatiza mais que em qualquer época passada.

E para que ninguém pense que estou falando demais, é só procurar o que vem a ser a expressão de Eike Batista, o “todo poderoso” e um dos homens mais ricos do mundo, que ao falar sobre o programa de "concessões" do governo Dilma Rousseff exclamou: “É o kit felicidade”.

Assim sendo, "fica decidido que privatização e concessão são uma coisa única".

E ponto final. 


3 comentários:

Gustavo Pereira da Luz disse...

São sínicos demais esses governantes sem escrúpulos que aí estão. Ou então eles não sabem o significado das palavras.
Estão fatiando o país entre meia duzia d pessoas e ainda vêm com esse papo de malandro.
Privatização ou concessão quer dizer que o governo está entregando por um determinado tempo alguma empresa a um determinado grupo. Só eles não sabem que é a mesma coisa.
Isso até seria honesto que eles assumissem o que estão fazendo.
Goiânia

Normando Veras disse...

Eles só reclamavam das privatizações quando precisavam das empresas dos governos como cabide de emprego. Agora, que todos já estão bem colocados, vamos 'dar' concessões das melhores empresas e estradas.
Mas nunca esquecendo que quem ganha tem que ser amigo do peito.
Ou do bolso?
Suzano - São Paulo

Edson Nascineto disse...

Privatizar ou conceder? Onde está a diferença?
Talvez a diferença esteja na forma de 'negociar'. e 'negociar' como o petista negocia, ninguém sabe com tanta maestria.
Por tanto, a diferença não está na palavra e sim na ação.
coisa de 'gramatica' que só depende da matemática.
Vila Velha - Espirito Santo