A
falta de educação olímpica
Gerson
Tavares
O
Brasil está mostrando ao mundo tudo que não se deve fazer em relação ao
Protocolo Olímpico. E isso tudo, ainda em solo britânico, quando os brasileiros davam mostra
de como serão por aqui as normas para as Olimpíadas 2016, quando a bandeira olímpica
passou de mãos em mãos de brasileiros que não estavam preparados para tal. Existe
um rígido protocolo olímpico que envolve o símbolo dos Jogos e este foi
descartado pela “brasucada”.
Contra
todas as regras do Comitê Olímpico Internacional (COI), a bandeira, que foi
confeccionada com seda asiática para as Olimpíadas de 1988, que aconteceu em
Seul, vem sendo maltratada desde segunda-feira por pessoas sem luvas, como reza o protocolo olímpico. O
primeiro flagrado manuseando a bandeira foi o boxeador e medalhista Esquiva
Falcão, que segurava o símbolo com as mãos nuas no embarque em Londres. Tudo
bem que estavam com ele, o seu irmão Yamaguchi Falcão, o prefeito Eduardo Paes,
o velejador Robert Scheidt, a atleta Maurren Maggi e o gari Renato Sorriso,
estes de luvas, mas o Esquiva pelo menos poderia estar com as luvas que deram a ele a medalha de prata. Será que o esquiva perdeu as luvas quando perdeu a luta? E para
completar, todo esse “pelotão” deixou que a bandeira se arrastasse pelo chão.
Mas
o desrespeito não acabou ali, porque já na terça-feira, uma nova mostra daquilo
que irá acontecer por aqui. Em nova “escorregada” dos “brasucas”, a bandeira,
símbolo maior das Olimpíadas, que tem 2,22 metros de largura e 1,54 de altura,
foi manuseada, desta vez por autoridades, incluindo a presidente Dilma
Rousseff, todos sem luvas.
Ao
lado de Dilma estavam Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico
Brasileiro (COB), Eduardo Paes, Esquiva e Yamaguchi que repetiam o gesto
desrespeitoso que não podemos nem chamar de falha e sim de 1ignorância. Desta
vez o mundo viu o Brasil, quando da apresentação da bandeira à presidente, que ocorreu no Palácio do Planalto, jogando por terra todo e qualquer protocolo
olímpico.
Mas
é bom lembrar que ao receber a bandeira, o Comitê Organizador Rio 2016 assinou
um compromisso que diz, entre outras coisas, que ela não pode sair da caixa em
passeios de rua nem ser desfraldada. Existe ainda uma Guarda de Honra da
Bandeira Olímpica, que deverá estar sempre presente e precisa seguir um
cerimonial específico. E não é que já no Aeroporto Tom Jobim, o “prefeito aloprado”,
Eduardo Paes, já quebrou o protocolo ao levar debaixo do braço a urna da
bandeira até o salão onde daria entrevista? Transportar a bandeira olímpica é papel da Guarda de Honra e o Eduardo "Paz e Guerra" não sabe.
Agora
o Comitê Organizador Rio 2016 diz em nota que as regras do COI relativas à
bandeira foram informadas, ainda em Londres, pelo Rio 2016 à prefeitura. Claro
que todos que procuraram a prefeitura para ouvir explicações bateram com a cara
na porta.
O
mundo já começou a reconhecer que o COI deu uma grande mancada, mas agora o mal
já está feito e o jeito é “emtubar a mandioca”,
Quanto
ao Eduardo Paes, ele quer é mais.
Um comentário:
Vendo tudo isso, já tenho certeza que um ouro já está garantido.
O ouro da falta de organização já é nosso.
Belo Horizonte
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