segunda-feira, 20 de agosto de 2012


A falta de educação olímpica

Gerson Tavares





O Brasil está mostrando ao mundo tudo que não se deve fazer em relação ao Protocolo Olímpico. E isso tudo, ainda em solo britânico, quando os brasileiros davam mostra de como serão por aqui as normas para as Olimpíadas 2016, quando a bandeira olímpica passou de mãos em mãos de brasileiros que não estavam preparados para tal. Existe um rígido protocolo olímpico que envolve o símbolo dos Jogos e este foi descartado pela “brasucada”.

Contra todas as regras do Comitê Olímpico Internacional (COI), a bandeira, que foi confeccionada com seda asiática para as Olimpíadas de 1988, que aconteceu em Seul, vem sendo maltratada desde segunda-feira por pessoas sem luvas, como reza o protocolo olímpico. O primeiro flagrado manuseando a bandeira foi o boxeador e medalhista Esquiva Falcão, que segurava o símbolo com as mãos nuas no embarque em Londres. Tudo bem que estavam com ele, o seu irmão Yamaguchi Falcão, o prefeito Eduardo Paes, o velejador Robert Scheidt, a atleta Maurren Maggi e o gari Renato Sorriso, estes de luvas, mas o Esquiva pelo menos poderia estar com as luvas que deram a ele a medalha de prata. Será que o esquiva perdeu as luvas quando perdeu a luta? E para completar, todo esse “pelotão” deixou que a bandeira se arrastasse pelo chão.

Mas o desrespeito não acabou ali, porque já na terça-feira, uma nova mostra daquilo que irá acontecer por aqui. Em nova “escorregada” dos “brasucas”, a bandeira, símbolo maior das Olimpíadas, que tem 2,22 metros de largura e 1,54 de altura, foi manuseada, desta vez por autoridades, incluindo a presidente Dilma Rousseff, todos sem luvas.

Ao lado de Dilma estavam Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Eduardo Paes, Esquiva e Yamaguchi que repetiam o gesto desrespeitoso que não podemos nem chamar de falha e sim de 1ignorância. Desta vez o mundo viu o Brasil, quando da apresentação da bandeira à presidente, que ocorreu no Palácio do Planalto, jogando por terra todo e qualquer protocolo olímpico.

Mas é bom lembrar que ao receber a bandeira, o Comitê Organizador Rio 2016 assinou um compromisso que diz, entre outras coisas, que ela não pode sair da caixa em passeios de rua nem ser desfraldada. Existe ainda uma Guarda de Honra da Bandeira Olímpica, que deverá estar sempre presente e precisa seguir um cerimonial específico. E não é que já no Aeroporto Tom Jobim, o “prefeito aloprado”, Eduardo Paes, já quebrou o protocolo ao levar debaixo do braço a urna da bandeira até o salão onde daria entrevista? Transportar a bandeira olímpica é papel da Guarda de Honra e o Eduardo "Paz e Guerra" não sabe.

Agora o Comitê Organizador Rio 2016 diz em nota que as regras do COI relativas à bandeira foram informadas, ainda em Londres, pelo Rio 2016 à prefeitura. Claro que todos que procuraram a prefeitura para ouvir explicações bateram com a cara na porta.

O mundo já começou a reconhecer que o COI deu uma grande mancada, mas agora o mal já está feito e o jeito é “emtubar a mandioca”,

Quanto ao Eduardo Paes, ele quer é mais.





Um comentário:

Pablo Vasquez disse...

Vendo tudo isso, já tenho certeza que um ouro já está garantido.
O ouro da falta de organização já é nosso.
Belo Horizonte