Se é imoral, como é legal?
Gerson
Tavares
Depois
de ouvir o advogado do deputado Valdemar Costa Neto, o Marcelo Luiz Ávila
Bessa, usar como defesa durante o sétimo dia de julgamento do mensalão no
Supremo Tribunal Federal, a Ação Penal 307, aquela, mesma Ação que resultou na
absolvição do presidente Fernando Collor de Mello quando foi acusado de
corrupção passiva, cheguei à conclusão que não existe crime quando o golpe é
dado por político.
E
para explicar a movimentação financeira que aconteceu com as contas da família
Costa, o Bessa falou que os recursos movimentados por Valdemar eram de uma
aliança política feita na época entre o PT e o PL.
Acusou
o procurador-geral da República de hoje estar querendo que a Ação que salvou o
Collor fique esquecida no fundo da gaveta. Essa afirmação está calcada em cima
do julgamento que aconteceu em 1994, também pelo crime de corrupção passiva, quando
o ex-presidente Fernando Collor foi inocentado por falta de provas e porque a
Procuradoria-Geral da República não conseguiu comprovar a existência do chamado
“ato de ofício”, que é o pressuposto para o crime de corrupção ativa, no qual é
oferecida ou prometida vantagem a funcionário público encarregado de praticar
ou omitir ato.
O
advogado de Costa Neto também fez questão de negar o envolvimento de Costa Neto
na compra de votos e diz que os recursos movimentados eram de campanha
eleitoral, resultado de um acordo feito entre os dois partidos para viabilizar
a campanha presidencial de 2002, na qual José Alencar seria vice na chapa de
Lula.
E
foi categórico ao afirmar que ninguém, daqueles que estão sendo julgados, pode
pretender ser absolvido e ganhar uma medalha no peito. Mas aí entra em defesa do
seu cliente, quando diz que a questão envolve fatos sob o ponto de vista moral,
mas não ilegal.
Por
tudo isso ele diz que sob o ponto de vista penal, está suficientemente provado
que não há como se pretender ter Waldemar da Costa Neto tenha praticado crime
de corrupção passiva.
E
assim, o Brasil corre o risco de ainda ter que indenizar esses “quadrilheiros”
por “danos morais”.
Se
é que moral faz parte da vida desses “safardanas”.
Um comentário:
Imoral, mas legal. Isso é coisa do PT. Só tem um jeito com essa quadrilha. Cadeia para réus e para advogados, mas para não perder tempo nem gastar mais papel, cadeia para o Lula também.
Salvador
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