sexta-feira, 17 de agosto de 2012


Pelo menos eles são letrados




Camões, 
um isnspirador



Depois que advogados citaram Camões e Cazuza na defesa dos réus do mensalão, chega-se a conclusão que mesmo advogado de bandido é inspirado pela boa leitura e boa música. Este fato aconteceu na terça-feira, exatamente um dia após, quando aconteceram citações sobre nazismo, histórias bíblicas e até mesmo sobre a novela ‘Avenida Brasil’. Pois na terça-feira foi a vez dos advogados mostrarem o outro lado da moeda e não deixaram por menos e foram de Camões a Cazuza em suas defesas.

João dos Santos Gomes Filho, defensor do “safardana” e deputado Paulo Rocha, foi o primeiro a falar à Corte, logo após o ministro Ayres Britto abrir a sessão. E foi aí que, em meio à sua defesa, Gomes Filho citou o poeta português Luiz de Camões, ao comparar os sete anos que se passaram até o início do julgamento no STF. “Sete é um número que me é muito caro. Sete é o número que Luiz Vaz de Camões usou para fazer meu soneto preferido. E então pôs-se a declamar:

“Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia”.

Embalado por Camões, chegou a vez do advogado Luís Maximiliano Leal Telesca Mota, que defende a assessora parlamentar Anita Leocádia Pereira da Costa, fez duras críticas ao procurador-geral da República, afirmando que o Ministério Público Federal não agiu com responsabilidade na hora de incluir Anita Leocádia no processo, e usou versos de uma canção de Cazuza, sucesso na década de 1980.

“Perdoe-me, Vossa Excelência, devo dizer que seus antecessores, na hora de provar a prova, não formaram a prova de acordo com uma condenação que fosse feita. E Vossa Excelência deveria ter pedido a absolvição de Anita Leocádia. Senhor procurador-geral da República, a tua piscina está cheia de ratos, mas as suas ideias não correspondem aos fatos. Presidente, o tempo não para”.

Julgamento no STF também é cultura.


Um comentário:

Bené Gomes disse...

Advogado de bandido, mas não é por isso que eles não leem e nem escutam as boas coisas.
Bandido sim, mas com educação.
Brasília