Pelo
menos eles são letrados
Camões,
um isnspirador
Depois
que advogados citaram Camões e Cazuza na defesa dos réus do mensalão, chega-se
a conclusão que mesmo advogado de bandido é inspirado pela boa leitura e boa
música. Este fato aconteceu na terça-feira, exatamente um dia após, quando aconteceram
citações sobre nazismo, histórias bíblicas e até mesmo sobre a novela ‘Avenida
Brasil’. Pois na terça-feira foi a vez dos advogados mostrarem o outro lado
da moeda e não deixaram por menos e foram de Camões a Cazuza em suas defesas.
João dos Santos Gomes
Filho, defensor do “safardana” e deputado Paulo Rocha, foi o primeiro a falar à
Corte, logo após o ministro Ayres Britto abrir a sessão. E foi aí que, em meio
à sua defesa, Gomes Filho citou o poeta português Luiz de Camões, ao comparar
os sete anos que se passaram até o início do julgamento no STF. “Sete é um
número que me é muito caro. Sete é o número que Luiz Vaz de Camões usou para
fazer meu soneto preferido. E então pôs-se a declamar:
“Sete anos de pastor Jacob
servia
Labão, pai de Raquel,
serrana bela;
Mas não servia ao pai,
servia a ela,
E a ela só por prêmio
pretendia”.
Embalado
por Camões, chegou a vez do advogado Luís Maximiliano Leal Telesca Mota, que
defende a assessora parlamentar Anita Leocádia Pereira da Costa, fez duras
críticas ao procurador-geral da República, afirmando que o Ministério Público
Federal não agiu com responsabilidade na hora de incluir Anita Leocádia no
processo, e usou versos de uma canção de Cazuza, sucesso na década de 1980.
“Perdoe-me,
Vossa Excelência, devo dizer que seus antecessores, na hora de provar a prova,
não formaram a prova de acordo com uma condenação que fosse feita. E Vossa
Excelência deveria ter pedido a absolvição de Anita Leocádia. Senhor
procurador-geral da República, a tua piscina está cheia de ratos, mas as suas
ideias não correspondem aos fatos. Presidente, o tempo não para”.
Julgamento
no STF também é cultura.
Um comentário:
Advogado de bandido, mas não é por isso que eles não leem e nem escutam as boas coisas.
Bandido sim, mas com educação.
Brasília
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