quinta-feira, 9 de agosto de 2012


Empresários de ônibus são todos ladrões

Gerson Tavares






Hoje vou falar daquilo que está acontecendo no Rio de Janeiro, mas não quero dizer com isso, que só neste Estado da Federação as coisas aconteçam sempre contra as pessoas que dependem do transporte de massa. Acredito mesmo que esses empresários de ônibus já fizeram escola e se espalharam pelo Brasil inteiro.

Mas vamos então falar daquilo que está acontecendo no Rio de Janeiro depois que foi criada a Fetranspor, que e a federação dos proprietários das empresas de transporte. Lógico que a direção da Fetranspot é formada por empresários rodoviários e são eles os responsáveis pela distribuição dos cartões que dão direito ao embarque nos ônibus que circulam pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro e ainda de muitos outros municípios.

Criaram o Riocard que é um cartão que o usuário paga a passagem com antecedência e assim facilita tudo para as empresas. Até os trocadores perderam o emprego e os motoristas fazem tarefa dupla, dirigindo e fazendo troco daqueles que não têm o vale transporte e pagam em dinheiro, mas mesmo aqueles com o vale transporte, o motorista tem que estar sempre atento para não perder dinheiro ao final do dia. Mas voltando ao Riocard, também tem o Cartão Único que dá ao passageiro o direito de embarcar em duas conduções desde que seja em um prazo de duas horas. Este é um caso a ser muito bem discutido, porque quem tem pegado um ônibus em Santa Cruz, Nova Iguaçu, Queimados, Cabuçu e outras localidades distantes do centro do Rio e vai para a cidade pela Avenida Brasil, principalmente no horário até às 10 horas dificilmente chega à Rodoviária Novo Rio para pegar a segunda condução com menos de duas horas e meia, três horas e aí, o bilhete único já era.

como se isso não fosse um problema, ainda tem o fato de do “Riocard” e o “Bilhete Único” serem cartões recarregáveis. Foi ai que a Fetranspor resolveu que, "para facilitar o usuário", deveria terceirizar o atendimento. Além dos postos do Riocard outras lojas foram credenciadas para a terceirização do serviço. Mas se a Fetranspor terceirizou, a responsabilidade de pagar os postos deveria ser dela, mas não é assim que a "banda toca" e então ficou resolvido que desde terça-feira passada o usuário que fosse a uma loja terceirizada teria que pagar 3% do valor da recarga como pagamento pelo serviço.

Isso quer dizer que o Riocard recarregado em postos terceirizados passa a custar 3% mais caro. Mas será que isso não é mais um roubo dos empresários? Essa cobrança chega R$ 3,63 a mais no mês, valor este, que daria para o usuário que faz duas viagens por dia útil nos ônibus municipais, andar mais um dia e meio sem pagar um centavo a mais. Isso é o mesmo que falar que o Bilhete Único intermunicipal, que custa R$ 4,95 por dia, vai passar a custar R$ 6,53 no final do mês.

É um absurdo que a Fetranspor, que é o mesmo que falar "empresários de ônibus, para economizar, terceirize o serviço e o passageiro pague pela terceirização. Isso é roubo e roubo até certo ponto oficializado pelo governo estadual e pelo município do Rio de Janeiro.


Chega de sacanagem. O usuário do transporte de massa não é respeitado pelos empresários e ainda tem contra os governantes. É hora de dar um basta nisso.





2 comentários:

Cosme de Lima disse...

Essa é só parte da miséria que o povo enfrenta todos os dias.
Os donos das empresas de ônibus fazem o que bem entendem e ainda acham que estão fazendo muito. Mas tudo feito com a garantia dos governos.
Ladrões e sem nenhum escrúpulo, são todos que fazem do povo esses miseráveis sofredores.
Pavuna

Bernardo Castro disse...

Assim como o governante é ladrão, todos aqueles que têm negócios com os governos se acham no direito de também roubarem o povo.
São todos da mesma linha de bandidagem.
Nilópolis - RJ