E
a campanha segue seu rumo
Gerson
Tavares
Como
falei ontem sobre os candidatos a uma cadeira na Câmara dos Vereadores da
cidade do Rio de Janeiro, vieram no dia seguinte os programas dos candidatos à
Prefeitura. Então resolvi anotar alguns item de tudo aquilo que foi dito no
programa da quarta-feira, segundo dia de programa humorístico eleitoral.
Logo
de início veio o candidato do PPL, um partido que eu desconhecia em um
emaranhado de partidos de aluguel e que não sabia bem o que queriam dizer
aquelas três letrinhas. Seria Partido da População Liberal? Ou Partido do Papel
Limpo? Mas para minha sorte, antes que eu quebrasse a cabeça o Fernando
Siqueira, que é o candidato a prefeito pelo partido, se referiu ao partido e
então fiquei sabendo que é Partido Pátria Livre. Não informou o Fernando, de
quem eles querem livrar o Brasil, mas se é para livrar o país dos maus
brasileiros, estamos aí para mandar os maus políticos para a cadeia. E na
dúvida sobre o que queriam dizer aquelas três letras, nem prestei atenção para
as coisas que ele falou.
Logo
depois veio o candidato do PCO, o Antonio Carlos. Ele falou, disse e não disse
e até mesmo em relação ao nome do partido deixou todo mundo numa dúvida cruel.
PCO só poderia ser Partido Operário Socialista, mas para que isso ficasse bem
claro ele foi e voltou várias vezes para dizer que operário tem que ser
socialista. Essa é uma posição que tem que ser garantida para que o operário
seja um bom profissional.
Será
que ser democrata é crime para o operário? Será que esse é um crime que dá
justa causa para qualquer trabalhador? Desculpe Carlinhos, mas para ser
socialista de verdade o operário ou outro qualquer cidadão tem que saber
daquilo que está falando. Antigamente todo mundo que era do contra era
comunista, mas o comunismo faliu e então virou moda ser socialista. Mas moda
passa, viu Carlinhos?
Também
veio o DEM, o partido MM, que vem de Maia e Matheus. Rodrigo, sempre com aquela
cara de desanimado, falou pouco e ainda dividiu o tempo com a Clarissa, sua
candidata a “vice-prefeita”. Deixou toda a família falar, inclusive o “papai”
Cesar. Mas o Rodrigo quando falou não deixou de dizer que ele não é um artista
e que é muito emotivo. Ele queria dizer que aquela emoção que ele sempre
demonstra não é um personagem que ele está interpretando. Mas também se fosse
personagem, seria interpretado por um ator bem canastrão.
Mas
o “programão” do Eduardo Paes estava por vir e quando chegou tomou conta. Para
abrir a sua propaganda Paes colocou de cara o Luiz Inácio, aquele que é o
porta-voz do PT em todas as campanhas dos candidatos a prefeito dos aliados.
Com aquela voz ainda embargada pela doença, Lula falou que Eduardo Paes é o seu
candidato e que é o responsável pela “cegonha carioca”. Se o Paes é o candidato do Lula, que ele leve aquela coisa para casa.
Quanto ao "cegonha
carioca" é um programa para que as mães da cidade do Rio deem à luz com mais
facilidade aos seus filhos. Mostrou mulheres parindo e parece que tudo ali
nesses hospitais novos da prefeitura funciona nos conformes. Uma médica fez um
parto e ao tirar a criança de dentro da mãe, já passou para os braços da
parturiente a criança de banho tomado e já sem o cordão umbilical e isso9 em questão de segundo e sem corte, tanto do cordão umbilical como de cena. Coisa rara,
mas é coisa de governo aliado. Só que uma dessas maternidades funciona ali,
coladinha ao Hospital Souza Aguiar, onde pessoas morrem nos corredores, quando
conseguem chegar até o corredor. Então veio a “Minha Casa Minha Vida”, uma
propaganda que vai valer para agora, 2012 e também para 2014, porque lá estavam
inaugurando não só o Paes, mas também a “dona” Dilma e o Cabral. Mais
baboseiras foram ditas e mostradas, mas para mim já bastava de Paes pelo dia.
E
para terminar o martírio veio Ciro Garcia, candidato do PSTU. Dizendo que ele
está fazendo campanha para os pobres, mostrou que Eduardo Paes, que esteve ali,
antes dele, governa para os ricos.
Mas
na verdade, rico ou pobre, o brasileiro não merece essa campanha sem vergonha
que invade a casa da gente sem nem ao menos pedir licença.
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