segunda-feira, 13 de agosto de 2012


De quem é a culpa?

Gerson Tavares






O julgamento vai correndo lá no Supremo Tribunal Federal e os advogados da “quadrilha” do “Ali Lulá” vão arrumando mil modos de tumultuar o plenário. Tem até advogado que, mesmo sabendo que no Supremo é “obrigatório” o uso de terno completo, chega de calça jeans e ainda se acha cheio de razão. O nome deste “safardana” é Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que defende o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Ao ser interpelado, o gaiato ainda usou de ironia, quando interpelado por segurança e disse que não era conhecedor do “modelito” que deveria usar. Se esse “safardana” é advogado e não sabe o traje que deve usar em um julgamento, ele é mais um dos “bundões” a entrar para a lista dos "sem OAB".

Temos também o caso do defensor do Henrique Pizzolato, o Marthius Sávio Lobato, que garantiu que o seu cliente recebeu um envelope com dinheiro, mas repassou ao comando do PT sem tomar conhecimento do que se tratava. Não viu nada estranho em receber o envelope e repassar sem tomar conhecimento daquilo que era portador. Isso aconteceu, mesmo tendo recebido depois de uma secretária do Masco Valério ligar e mandar que “ele” fosse a um escritório buscar a “encomenda”. Mas o Pizzolato é muito inocente e nem se tocou que um pacote que estava sendo remetido pelo Valério, poderia conter “dinheiro vivo”.

E foi ai que o ministro Joaquim Barbosa resolveu colocar o Marthius Lobato num beco sem saída. E só depois que o advogado do Pizzolato terminou a sua defesa, Barbosa resolveu puxar o tapete do “safardana” e começou a enumerar algumas perguntas que precisavam de respostas naquele momento. O Marthius ficou “perdido no meio do tiroteio” e acabou entregando o ouro. E foi assim que advogado se contradisse em vários momentos e acabou entregando que o dinheiro que ele dizia ter uma origem, ao final das explicações tinha mesmo outra origem.

Tudo isso eu já esperava que fosse acontecer porque as mentiras têm pernas curtas, mas o que mais chamou a atenção foi a defesa dos deputados do PP que também estão atolados na lama do mensalão. Pedro Corrêa, Pedro Henry e João Claudio Genu resolveram se defender  usando o método de que “morto não fala” e assim não tem como se defender. Foi então que os defensores dos "irmãos Metralha" resolveram que o culpado de tudo dentro do PP foi o ex-deputado José Janene, deputado pelo Paraná e que morreu em 2010.

Janene era o tesoureiro do partido na época do escândalo e assim, como morreu, por que não colocar toda a culpa nos seus ombros? A defesa do Pedro Corrêa, que era presidente do PP, garantiu de “dedos cruzados” que Janene sempre foi da executiva do partido e era quem tinha a proximidade com os diretores da corretora que “lavava” o dinheiro.

Assim sendo, os três defensores dos “safardanas pepistas", deixaram claro que, como o José Janene é o único culpado dentro do PP neste escândalo, ninguém precisa se preocupar porque morto não responde a processo.

E foi aí que eu resolvi encontrar o culpado e olhando pela história do Brasil cheguei à conclusão que só existe um culpado por tudo isso e por qualquer outra coisa que tenha acontecido e que venha acontecer.

Já eu acho que a culpa é realmente do Pedro, mas não o Pedro Corrêa e sim, do Pedro Álvares Cabral, que em 1500, por estar apaixonado por uma “índia”, resolveu aportar por aqui.


Foi aquele amor clandestino que nos levou a esta situação. E aquele amor desenfreado do navegador nos coloca hoje nesse enorme “navio de piratas”. 


Um comentário:

Neide Gomes e Sá disse...

Se for o caso de procurar o culpado, este deve ser mesmo o Cabral. Sempre, desde a época do Pedro que tem gente querendo levar vantagem, é só lembrar do Pero Vaz Caminha.
e como Pedro, hoje temos o Cabral, mas Sérgio, que também só pensa em meter a mão no cofre. por falar nisso, e a Delta? Vai ou não vai ter que pagar por tudo que fez?
Se bem que junto com a Delta, muitos políticos, até alguns que estão correndo por fora, como é o caso do Lula, vão ter que se explicar.
Mas uma coisa é certa: o Cabral está a mais de 500 anos nos infernizando.
Barra da Tijuca- Rio