sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O ideal mesmo, é ter cada um no seu quadrado


Gerson Tavares


Já que o assunto do momento é bandidagem, vamos aproveitar para falar desse tal de “Paulinho”, um senhor “171”, dublê de deputado federal e líder sindical, que agora, depois que se aliou ao seu parceiro de PDT, Carlos Lupi, está tirando cartas do bolso do colete.

Ele está todo enrolado lá na Câmara, em Brasília. E nesse rolo, algumas testemunhas iriam dar algumas explicações ao Conselho de Ética da Câmara. Afinal, ele está respondendo a um processo por “quebra de decoro” que a comissão deverá concluir até dezembro, e o “Paulinho”, muito do esperto e sabendo quem são as testemunhas e com total domínio, levou aquele “lero” e elas não irão comparecer.

Como essas testemunhas não são convocadas e sim, convidadas, as testemunhas podem recusar o convite e o Conselho fica naquela de “ver navios”. Mas o Conselho vai ficar sem ouvir duas testemunhas que poderiam muito bem ser réus. Uma das pessoas que não “fala” e a Elza de Fátima Costa. Ela é a presidente da ONG “Meu guri”, que segundo investigação da Polícia Federal, teria recebido trinta e sete mil e quinhentos reais de João Pedro, preso na Operação Santa Teresa, da PF que, mas que também se nega a falar. Os dois são acusados de envolvimento no esquema de desvio de recursos liberados pelo BNDES para prefeituras.

A Elza, que é mulher do “Paulinho” e o João Pedro que é o consultor, resolveram não contar nada para evitar problemas maiores. Lógico, não convêm falar muito para que não aconteçam desencontros em suas informações. Além do mais, eles alegam que já falaram na PF e já pensou se agora, já não lembrando o que disseram lá, contam outra história ao Conselho? Um erro pode ser falal e levar muita gente para o quadrado.

Elza, inteligente como ela só, sabe que calada ela pode se salvar e ainda melhor, salvar também o marido, que é parceiro dos trambiques.

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