Qual será a glória de alguém admitir ser viciado?

Gerson Tavares


Quando se fala em “drogas”, vejo nos olhos de muitas pessoas um brilho estranho. Alguma coisa que toca mais fundo e faz muita gente se trair. Em um debate entre os dois candidatos ao governo da cidade do Rio de Janeiro, a legalização das drogas e a experiência pessoal com a maconha foi um dos temas centrais. Fernando Gabeira, do PV e Eduardo Paes, do PMDB, responderam à pergunta: “Já experimentou”? "Experimentei uma vez, fumei, traguei e não gostei”. Ainda para completar a resposta disse: “Sou totalmente contra a legalização porque a droga é uma chaga”, disse o candidato do PMDB, Eduardo Paes.

Já Gabeira, velho conhecido por levantar a bandeira da legalização das drogas disse que “este é um assunto para o futuro, quando as polícias no País forem mais bem preparadas”. Sobre sua experiência pessoal, Gabeira reiterou que já fumou maconha, mas disse que não fuma mais e falou: “Não é razoável eu fumar no Brasil porque não é razoável ter uma posição de desrespeitar a lei”.

Bem, fui jovem e também conheci outros jovens da época que usavam “drogas”, mas nunca pensei em experimentar porque como dizia o velho e saudoso Tim Maia, “eu já nasci de cabeça feita” e nunca precisei de “droga” para ter coragem, para ser forte. Não venham me dizer que “experimentei e não gostei”, porque antes de experimentar qualquer pessoa já sabe se “aquilo” é bom o não. Antes de experimentar a “droga”, já sabe que está financiando a vida de bandidos que levam e sempre levaram a desgraça às famílias e aos lares. Não me venham com “churumelas” porque da escola que vocês estudaram, eu fui expulso .

E também não venha com conversa de “enganar bobo”, que esse é um assunto para o futuro, porque o mal que a “droga” causa hoje, vai causar sempre. E aquele “papo” de dizer “já fumei, mas não fumo mais porque não quero desrespeitar a lei”, pelo seu modo de falar, você acha que o mundo é tão alienado quanto você. E o pior é que você ainda acha, que tem gente que acredita.

Quer saber Gabeira, esse negócio de ex isso e ex aquilo, é história para “enganar canário”.