sexta-feira, 24 de outubro de 2008

ELEIÇÕES 2008

Mais de 70% dos candidatos no segundo turno
são alvo de ações




Gilmar Mendes tem uma boa parcela de responsabilidade no fato de em apenas três cidades brasileiras, nenhum candidato à Prefeitura ser alvo da Justiça.





BRASÍLIA – Este é o retrato do Brasil. Após um levantamento que foi divulgado ontem, está sendo divulgado o retrato fiel dos candidatos que concorrem ao segundo turno das eleições 2008. este levantamento mostra que 71,6% dos candidatos que estão concorrendo no segundo turno das eleições municipais do próximo domingo, dia 26, respondem a processos na Justiça.

Segundo o levantamento feito pelo site “Congresso em Foco” (www.congressoemfoco.com.br), 43 dos 60 postulantes que concorrem às Prefeituras das 30 cidades onde haverá segundo turno têm pendências com a Justiça. No total, estes candidatos somam 249 ações.

Para levantar os dados sobre os candidatos, foram consultadas as páginas na internet do Supremo Tribunal Federal (STF), da Justiça Federal e dos tribunais de Justiça de cada Estado.

Em 16 cidades, os dois candidatos à Prefeitura são réus em processos em alguma instância do Judiciário. Entre elas estão as seguintes capitais: São Paulo (SP), Belém (PA), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC) e Manaus (AM). Já em outros 11 municípios, apenas um dos concorrentes no segundo turno respondem a processos. Entre elas estão Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Luís (MA). Em apenas três cidades não foram encontrados processos contra os postulantes à Prefeitura: Belo Horizonte (MG), Canoas (RS) e Macapá (AP).

Campos ainda é dúvida



O desembargador Motta Moraes tem
um abacaxi para descascar na terra da cana



RIO - O plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio manteve ontem o indeferimento do registro da candidatura à prefeito de Campos, no Norte Fluminense, de Arnaldo Vianna (PDT). Apesar da sentença, a realização do segundo turno para domingo está mantida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele concorre ao cargo com a candidata do PMDB Rosinha Garotinho.

A decisão confirma o resultado julgado no último dia 4 pelo mesmo plenário do TRE que indeferiu a candidatura do candidato, por ele constar das listas de administradores cujas contas foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). No julgamento do recurso, o TSE devolveu o caso ao TRE porque o acórdão não especificava se a rejeição era ou não insanável - único caso para julgar o candidato inelegível - e permitiu a realização do segundo turno.

O presidente do TRE, desembargador Alberto Motta Moraes, que foi o relator do processo, analisou os acórdãos do TCU e TCE e concluiu que as sentenças tinham caráter definitivo e insanável. Por isso, votou pelo indeferimento, como também fizeram os outros membros da corte. Da decisão, ainda cabe recurso.



Marta sempre raivosa



Marta faz campanha pela periferia Foto – Carolina Iskandarian



SÃO PAULO – A candidata Marta Suplicy Favre sempre tem seus momentos de irritação. Principalmente quando fazem alguma pergunta que ele não tem como responder. Foi exatamente isso que aconteceu quando o presidente do Grupo Abril, Alberto Civita, perguntou sobre os motivos que a levaram a fazer propostas apenas para as classes menos favorecidas, deixando de lado os outros 75% da população de São Paulo. A resposta da candidata foi taxativa: “Para você ficar vivo”. Ele não se estendeu na resposta e houve um silêncio profundo e lógico, Civita resolveu que não deveria mais fazer pergunta alguma a Marta. Depois, madame Favre falou que sem políticas sociais, os pobres poderiam fazer uma revolução. Virou para Civita e interpelou: “Você sabe do que estou falando. Não ficariam nem as paredes”.

Isto foi dito quando Marta participava de uma sabatina organizada pelo Grupo Abril sobre educação. Em seu destempero ela classificou como “porcaria” os colégios sofisticados onde estudou. “Não aprendi nada. Naquela época a escola era muito machista. Mulher só tinha que aprender línguas para arrumar marido”, falou Marta.

Marta também falou que a classe media tem “raiva” porque paga caro para que seus filhos estudem em colégios particulares que não têm a mesma qualidade dos CÉUS, colégios que marcam a sua gestão na prefeitura paulistana.

Ela disse que a quatro anos não andava pela periferia das periferias de São Paulo. Ela comparou a vida das pessoas de periferias com a vida dos animais.

Mas a bomba realmente ela jogou em cima da platéia quando foi perguntada sobre o fato de, quando prefeita, ter demitido funcionários de carreira para empregar sindicalistas e afilhados políticos na Secretaria de Educação e ela defendeu o aparelhamento do estado. “É o aparelhamento que o governo Lula fez e funcona bem”.

Aí, realmente não deu para continuar. Se você tem que votar, pense bem para não chorar depois.

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