sexta-feira, 31 de outubro de 2008



Como era bom quando Batman era apenas ficção



Este é o Batman brasileiro, um “safardana” sem-vergonha


RIO - Sou do tempo em que Batman era programa de matine no cinema do bairro. Era um dos membros da “Liga da Justiça” fictícia que fazia a garota vibrar na seção da tarde. Mas já vai longe esse tempo bom.

Agora a gente vê estampado nos jornais e nas imagens dos noticiários da televisão, uma história real que desmistifica o lado bom daquele personagem do passado. Hoje, Batman não passa de um bandido sanguinário que mata por prazer e por dinheiro. “Liga da Justiça” de hoje passou a ser uma das coisas mais horrendas, até porque é formada por pessoas que deveriam estar a serviço da população e se transformou em uma das mais sanguinárias quadrilhas do Rio. Eles agem na Zona Oeste, mais precisamente em Campo Grande e tem na chefia dois políticos, um deputado estadual e outro vereador da cidade e que agora, presos, elegeram outra representante da quadrilha para a câmara de vereadores.
Não quero falar dessa vereadora-bandida e sim do seu parceiro de crimes, o tal do Batman que saiu do presídio pela porta da frente e já está dando o ar da graça pelas ruas do bairro, acompanhado de outros membros da quadrilha. Ele foi visto passando de carro pelo centro de Campo Grande, armado com arma-pesada, querendo mostrar a força contra a covardia de uma polícia dividida.

Mas irão perguntar: dividida pó que? E eu respondo: Dividida porque eu ainda acredito nos bons policiais que se sentem envergonhados com o que está acontecendo, quando pessoas que têm o dever de prender, se vendem e deixam que um Batman qualquer, volte para a rua e arme novamente sua quadrilha. É preciso realmente, que esses que receberam um vil metal para dar fuga a um bandido como esse, não tenham o menor censo de humanidade. Quando eles fizeram isso, eles sabiam que estavam mais uma vez expondo as pessoas de bem ao truculento regime de bandidagem que essa “Liga da Justiça” exerce.

Precisamos ter de volta à cadeia, não só o Batman, mas também essa corja de “safardanas” que por qualquer dois milhões de reais soltaram essa “besta fera”.

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