quarta-feira, 22 de outubro de 2008

MUNDO

Sem-terra paraguaios dão 72 horas
para expulsar brasileiros




Lugo e Lula não têm solução para o problema





ASSUNÇÃO – Os brasileiros estão sendo humilhados no Paraguai. Agora mesmo, camponeses sem-terra deram um prazo de 72 horas para que o governo expulse os fazendeiros brasileiros de terras que seriam destinadas à reforma agrária. Só que essas terras, foram adquiridas pelos brasileiros para o cultivo da soja. O Paraguai é o terceiro produtor da oleaginosa na América do Sul e o sexto do mundo.

Em General Resquín, departamento de San Pedro, 340 quilômetros ao norte da capital, cerca de 100 sem-terra invadiram ontem, uma área de 1.500 hectares, impedindo a colheita de milho. “Já não queremos esperar, estamos cansados de reuniões e mais reuniões que não resolvem nada”, disse aos jornalistas o dirigente campesino Anselmo Villagra.

O grupo liderado por Villagra invadiu a propriedade do empresário importador de automóveis e campeão paraguaio de corrida de automóveis Francisco Gorostiaga. Os sem-terra afirmam que a propriedade foi presente do ex-ditador Alfredo Stroessner à mulher de Gorostiaga, que transferiu a área para o nome do marido. Aparentemente, o empresário alugou a propriedade para brasileiros.

Também ontem, o vice-presidente Federico Franco afirmou que a solução para a crise agrária no país virá "antes que ocorra algo pior". "O ministro de Interior foi autorizado a evitar enfrentamentos entre campesinos e proprietários de estabelecimentos de soja", completou Franco.

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