Mais de 57 mil casos e 67 mortes por dengue

no Estado do Rio

Militares lutam para salvar vidas depois da omissão do estado

RIO – Sobe para 57.010 o número de vítimas contaminadas pelo vírus da dengue no Estado do Rio de Janeiro em uma semana. O novo balanço foi divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). As mortes pularam de 54 para 67, sendo 21 por dengue hemorrágica. Entre as vítimas fatais estão 32 crianças menores de 14 anos. Mais 58 mortes estão sendo investigadas, 43 na capital fluminense.
Os municípios com maior incidência de casos de dengue são: Angra dos Reis (3.711), Campos (2.505), Nova Iguaçu (3.643), Duque de Caxias (1.405), São João de Meriti (1.396) e Rio de Janeiro (3.664).
Ontem, Jacob Kliegerman, o secretário Municipal de Saúde, convocou médicos aposentados e residentes para trabalhar no mutirão contra a dengue. O salário será de R$ 2.500 para cada quatro plantões de 24 horas de duração.
Kliegerman também pediu a extensão de carga horária de 20 para 40 horas semanais, de 758 profissionais de saúde cedidos pelo governo federal, que atuam nas unidades municipalizadas.
O Hospital de Acari, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte será aberto parcialmente para atendimento de infectados. O hospital, que foi construído em 2004, terá 58 leitos para pacientes com dengue funcionando ainda hoje. Destes, 30 leitos serão destinados à hidratação. O Hospital de Acari não funcionará como emergência. Pacientes com sintomas de dengue deverão procurar os postos de saúde e emergências, e serão encaminhados ao hospital a pedido de médicos. Segundo o secretário, estarão funcionando, um total de 390 leitos.
Sérgio Cabral Filho também anunciou ontem que poderá pedir ajuda a Cuba, caso o número de médicos convocados em outros estados não seja suficiente para suprir a falta de pediatras no Rio. A SES informou que faltam 154 pediatras no estado, e que por conta disso, três tendas ainda não puderam ser abertas.