Lei Eleitoral: mudança pode ser barrada
SÃO PAULO – O terceiro mandato está no ar. O temor de engolir mais Lula no governo e a possibilidade da derrubada da reeleição com a instituição de um mandato de cinco anos levaram as cúpulas do PSDB e do DEM a decidir ontem tentar barrar no Congresso qualquer matéria que modifique a legislação eleitoral.
A decisão foi tomada após uma reunião de mais de duas horas, em São Paulo, com dirigentes dos dois partidos, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), classificou de "casuísmo" as discussões sobre um terceiro governo seguido de Lula. Sobre a instituição da reeleição no fim da primeira gestão de Fernando Henrique, Maia argumentou: “Ainda estamos testando a reeleição e ela teve sentido lá atrás. Agora, o terceiro mandato não tem sentido, é casuísmo”.
Já o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), defendeu um discurso unificado para a oposição. Além das duas legendas não votarem mudanças nas regras eleitorais, Guerra disse que é fundamental a oposição não ficar à reboque da administração federal: “Queremos ter uma ação mais pública e trabalhar com regras de conduta para essas eleições municipais, num debate objetivo”. Ele reiterou que as siglas não votarão o eventual terceiro mandato ou o fim da reeleição. “Não iremos votar nada disso”, afirmou. Guerra e o presidente nacional do DEM desconversaram quando sobre o impasse no cenário eleitoral em São Paulo, onde as duas agremiações devem concorrer com candidaturas próprias, pelo menos no primeiro turno.
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