Como é bom acordar com boas manchetes
De segunda a sexta-feira, acordo de madrugada e venho para a redação. Quando saio de casa os jornais ainda não foram entregues e só aqui na redação vejo as noticias do dia. Hoje, ao abrir a porta, lá estavam os jornais e logo o primeiro que peguei me chamou a atenção pelas manchetes. Ao alto, a grande manchete do dia: "Lula só voltará aos palanques de campanha, quando elas forem autorizadas pelo TRE". Depois dessa maravilhosa notícia, de respeito às leis eleitorais que o presidente não estava dando a menor importância, fiquei atento porque alguma coisa estava mudando a partir de hoje. Mais a baixo, outra manchete despertou meu interesse: "Dilma Roussef pede demissão envergonhada por traição de Erenice". Olha só como a coisa está tomando rumo nesse país. E logo outra manchete: "Governo resolve punir a todos que usaram cartão corporativo, doa a quem doer". E elas continuaram a chamar minha atenção: "A dengue foi erradicada do país". E mais: "Sérgio Cabral não irá viajar ao exterior pelos próximos dez dias". Lá no rodapé da primeira página: "Transposição do Rio São Francisco será estudada por técnicos sem interferência política". De suma importância: "Lupi resolve pedir devolução do dinheiro distribuído pelo Ministério do Trabalho às Ongs". Que bom: "Ministro Direito vota a favor de pesquisa com célula-tronco embrionária". E o Rio está cada dia melhor: "As empresas de serviço já entram em favelas sem medo". E mais: "Os assaltos caem em 78% no Rio". "Tráfico perde todas as batalhas para a polícia do Rio".
Eu não estava entendendo nada, mas depois de ler tantas manchetes que não esperava nunca mais voltar a ler, resolvi olhar com mais atenção o jornal. Foi aí que me liguei. Me pregaram uma tremenda mentira.
Hoje, é primeiro de abril.
Gerson Tavares
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