Francisco dá apoio a manifestantes
Esta pegou na "ferida". Com um ataque à estratégia de "pacificação" das favelas
no Rio de Janeiro, alertando que, enquanto a desigualdade social não for
resolvida, "não há paz duradoura", foi assim que o Papa Francisco começou a visita que fez a
comunidade de Manguinhos. Em plena Favela da Varginha, no Rio, ele fez um dos
discursos de cunho social que pode ser considerado como um dos mais importantes
de seu pontificado e convocou os jovens a continuar pressionando por melhorias,
em um sinal de seu apoio aos manifestantes que tomaram as ruas do Brasil desde
junho.
E Francisco ainda completou: “A grandeza de uma nação só pode ser
medida a partir de como ela trata seus pobres”, deixando ali, nas entrelinhas, uma
referência à insistência do governo de vender o Brasil como uma das maiores
economias do mundo, mas que não dá solução para os problemas das favelas.
Francisco chegou até a reconhecer os avanços sociais promovidos pelo
governo, mas logo falou que isso ainda não é suficiente e que a pacificação de
favelas, como a que ele visita, não pode ser feita com armas.
E falando da pacificação, disse Francisco: "Nenhum esforço de
pacificação será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade
que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si
mesma" e como ele resolveu abrir o verbo, não podia parar por aí: "Uma
sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma, perde algo de essencial para
si mesma". E foi além: "Somente quando se é capaz de compartilhar é
que se enriquece de verdade. Tudo aquilo que se compartilha se multiplica. A
medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata os mais
necessitados, que não tem outra coisa senão a sua pobreza".
E foi aí que ele falou sobre as manifestações da população, dando “o maior
apoio” a todos aqueles brasileiros que lutam por mudanças sociais, em uma
referência direta aos protestos que ganharam as ruas do País desde junho.
Falando da corrupção e do fato de a periferia ser abandonada por
políticos, Francisco deixou claro que a Igreja vai apoiar o movimento mais
amplo de exigências por melhorias. E para mostrar que a coisa é séria, fontes
no Vaticano confirmaram ao jornal “O Estado de S.Paulo”, que essa foi à forma
pela qual o Papa optou por lançar seu recado aos manifestantes. Pelo que deu
para entender Francisco optou por evitar a palavra "protestos", mas apoia
os manifestantes e que faz um apelo para que a pressão contra a classe
dirigente continue.
E dando ênfase aos jovens falou: "Aqui, como em todo o Brasil, há
muitos jovens. Vocês possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças,
mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com pessoas
que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio beneficio. Também
para vocês e para todas as pessoas eu repito: nunca desanimem, não percam a
confiança. A realidade pode mudar, o homem pode mudar".
E para mostrar que veio para revolucionar, Francisco ainda apelou à
população para que não se deixe "acostumar ao mal, mas a vencê-lo". O papa
ainda garantiu: "Vocês não estão sozinhos, a Igreja está com vocês, o papa
está com vocês".
E muito mais ele falou para mostrar aos brasileiros que políticos
passam, mas nós brasileiros, estamos aqui para moralizar a política e o País.
Viva Francisco! Viva o Brasil!
Um comentário:
Mas aqui no Brasil, enquanto houver político dando esmola ao pobre em troca de voto, a paz nunca será duradoura.
Na política ninguém está preocupado com o pobre e sim com o próprio umbigo. Ele dá com a 'esquerda' para receber com a 'direita' e assim eles pensam que iludem a todo mundo.
Vamos ver se agora o povo acordou e não mais aceite esmola e sim, que cobre seus direitos.
Obrigado papa Francisco por tentar alertar esse pobre 'povo pobre'.
Benfica - Rio
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