A ideia de Dilma é enganar o povo

Tem truta  por debaixo 

desse angu

Gerson Tavares

Plebiscito! Está aí uma palavra que está em voga no Planalto, mas que poderá ser usado para “golpe” do governo no eleitor e na população em geral.

Nesta mensagem, onde a presidente Dilma Rousseff defende a realização de um plebiscito e sugere cinco propostas para alterar o sistema político foi entregue ao Congresso, tenho certeza que está englobado o grande “golpe”.

E digo isso, por tudo que deu para entender, quando mal chegou ao Congresso, até mesmo alguns membros da base aliada ficaram contra, com a pulga atrás da orelha. Tudo porque, mesmo se consenso, Dilma quer que seja feira uma consulta popular, o que quer dizer fazer um plebiscito, até outubro para que a população responda a três perguntas para começar assim a reforma política.

Claro que a “dona” Dilma está assim procedendo, para que não seja possível concluir a reforma um ano antes das eleições de 2014 e assim sendo ela poderá conseguir dar um “golpe branco”, o que vem a ser, adiamento das eleições sabe-se lá, para quando. E se isso não der certo, pelo menos, se isso não for possível, nesta próxima eleição tudo continua como antes e tudo seja empurrado com a barriga para 2014 e assim, a reforma política, que é o tema do plebiscito, se aprovada, só comece a valer nas eleições de 2016 ou 2018.

E foi aí que a bancada do PMDB na Câmara se posicionou contra a realização de plebiscito. O próprio vice-presidente, Michel Temer, havia admitido à dificuldade de se cumprir o prazo de realizar a consulta e aprovar os projetos decorrentes da vontade das urnas antes de outubro deste ano para que possam vigorar em 2014.

O PSB, comandado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, provável candidato à Presidência em 2014, também se posicionou contrário à consulta plebiscitária.

Parlamentares acusaram a presidente de ter consciência da inviabilidade de pôr as propostas em prática já em 2014, e tentar, assim, beneficiar só a imagem do PT. O governo trabalhava com a ideia de realizar o plebiscito no dia 7 de setembro, mas qualquer um sabe ser isto impossível.

Com isso o PT ficou praticamente isolado na defesa de um plebiscito que faça a consulta sobre uma reforma política que já passe a valer para 2014. A bancada do partido fez uma reunião e decidiu divulgar nota de apoio às propostas da presidente Dilma.

Ma foi aí que “a porca torceu o rabo”. Houve divergências também no PT.

Já que nem eles se entendem, como será que a Dilma vai conseguir dar o golpe?