Cabide de emprego
Gerson Tavares
O cabide de emprego
está em alta pelo Brasil á fora. Claro que dependendo da esfera, a federal, a
estadual ou a municipal, o cabide tendo mais status, a grana também é melhor.
Sempre tivemos essa onda de “cabide”, mas nuca foi tão acintosamente exposto
como nos últimos anos.
Então vamos pegar na
área municipal, para olharmos que dos quatro anos de mandato entre 2008 e 2012,
os 5.566 prefeitos do País criaram, em conjunto, 64 mil cargos comissionados,
que são aqueles para os quais não é necessário fazer concurso público, e que
costumam ser loteados por indicação política.
E assim, com tantos
cargos de confiança se espalhando, o total de funcionários públicos municipais
em postos de livre nomeação subiu de 444 mil para 508 mil. E só para mostrar
que são muitos “pilantras que ganham e nada fazem” foi feita uma comparação
para o momento esportivo que estamos vivendo. Juntos, esses “pilantras”
lotariam os oito maiores estádios da Copa de 2014.
Milhares de prefeitos,
que estão no comando dessas máquinas municipais muitas vezes infladas por
loteamentos políticos, ainda têm coragem de ir a Brasília para fazer pressão
junto a presidente Dilma Rousseff para liberar mais recursos. Isso porque deve
ter gente dela nesse bloco de “não faz nada”.
E isso dá para notar, já
que dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais, que divulgada no
início do mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
revelam que o porcentual de servidores não concursados é bem maior nas prefeituras
pequenas, aquelas que são as mais dependentes de verbas federais e as que
lideram o lobby pela ampliação dos repasses. Na média, as cidades com até 5 mil
habitantes têm 12% de seu quadro ocupado por servidores comissionados. No
restante do universo dos municípios, essa taxa cai para 8%.
Quer saber? Eu ainda
poderia dar mais números e falar muita coisa, mas só este parágrafo acima já
diz claramente que o governo federal é o responsável pelo maior número de “barnabés” espalhados
pelas prefeituras do interior.
Tudo filhote de Dilma
Rousseff.
Um comentário:
Mas é claro que o cabide é a coisa mais importante para essa turma que está ai. Eles sabem que os tempos de frutos maduros estão chegando ao final, então é agora ou nunca.
Ilha do Governador - Rio
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