terça-feira, 23 de julho de 2013

Me dá um dinheiro aí


Cabide de emprego

Gerson Tavares
 









O cabide de emprego está em alta pelo Brasil á fora. Claro que dependendo da esfera, a federal, a estadual ou a municipal, o cabide tendo mais status, a grana também é melhor. Sempre tivemos essa onda de “cabide”, mas nuca foi tão acintosamente exposto como nos últimos anos.

Então vamos pegar na área municipal, para olharmos que dos quatro anos de mandato entre 2008 e 2012, os 5.566 prefeitos do País criaram, em conjunto, 64 mil cargos comissionados, que são aqueles para os quais não é necessário fazer concurso público, e que costumam ser loteados por indicação política.

E assim, com tantos cargos de confiança se espalhando, o total de funcionários públicos municipais em postos de livre nomeação subiu de 444 mil para 508 mil. E só para mostrar que são muitos “pilantras que ganham e nada fazem” foi feita uma comparação para o momento esportivo que estamos vivendo. Juntos, esses “pilantras” lotariam os oito maiores estádios da Copa de 2014.

Milhares de prefeitos, que estão no comando dessas máquinas municipais muitas vezes infladas por loteamentos políticos, ainda têm coragem de ir a Brasília para fazer pressão junto a presidente Dilma Rousseff para liberar mais recursos. Isso porque deve ter gente dela nesse bloco de “não faz nada”.

E isso dá para notar, já que dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais, que divulgada no início do mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o porcentual de servidores não concursados é bem maior nas prefeituras pequenas, aquelas que são as mais dependentes de verbas federais e as que lideram o lobby pela ampliação dos repasses. Na média, as cidades com até 5 mil habitantes têm 12% de seu quadro ocupado por servidores comissionados. No restante do universo dos municípios, essa taxa cai para 8%.

Quer saber? Eu ainda poderia dar mais números e falar muita coisa, mas só este parágrafo acima já diz claramente que o governo federal é o responsável  pelo maior número de “barnabés” espalhados pelas prefeituras do interior.


Tudo filhote de Dilma Rousseff.

Um comentário:

Sofia Guedes disse...

Mas é claro que o cabide é a coisa mais importante para essa turma que está ai. Eles sabem que os tempos de frutos maduros estão chegando ao final, então é agora ou nunca.
Ilha do Governador - Rio