Brasil, terra de bandidos
Gerson Tavares
A vaidade da mulher faz
com que ela engane a idade, mas agora parece que os homens também entraram
nessa de enganar a idade, mas não por vaidade e sim, por canalhice. E este é o
caso do Raimundo Carreiro, um ministro que foi nomeado há seis anos para o
Tribunal de Contas da União (TCU). O “safardana” envelheceu, sem truque de
beleza ou matemática, só quatro anos dentro desses seis anos.
Não é que depois de
assumir o cargo, o “bandido travestido de ministro” conseguiu na Justiça mudar
sua data de nascimento de setembro de 1946 para setembro de 1948 e, assim,
esticar em dois anos a permanência na Corte, aquela que é considerada como o
"céu" de políticos e servidores públicos em fim de carreira.
E como o assunto é
trambique, tudo aconteceu no Maranhão, onde o Raimundo conseguiu o
"rejuvenescimento". Tudo foi obtido na Comarca de São Raimundo das
Mangabeiras, município do interior do Maranhão em que cresceu, foi vereador e
se tornou influente.
Para remoçar dois anos,
Carreiro mostrou à Justiça certidão de batismo da Igreja de São Domingos do
Azeitão, lugarejo vizinho a Benedito Leite, aonde veio ao mundo. Preenchido à
mão e de difícil leitura, o documento registra o nascimento de
"Raimundo", filho de Salustiano e Maria, em 6 de setembro de 1948, e
não nos mesmos dia e mês de 1946, como no registro civil original do cartório.
Tem quem garanta que esta certidão de batismo foi feita na mesa do botequim do
sobrinho do Raimundo, que também é um trambiqueiro de primeira linha.
Esta manobra que ele
fez, adia a sua aposentadoria obrigatória aos 70 anos de idade e lhe assegura a
posse na presidência do tribunal no biênio 2017-2018, deixando assim para trás
outros colegas de plenário.
Isso porque o comando
do TCU é definido anualmente numa eleição pró-forma, que ratifica acordo de
cavalheiros que é previamente costurado. O presidente exerce mandato de um ano,
renovado sempre por mais um. Pela tradição, o escolhido é sempre o ministro
mais antigo de casa que ainda não exerceu a função.
Então, assim ficou a
fila: o próximo é Aroldo Cedraz, que tomou posse em janeiro de 2007, dois meses
antes de Carreiro, e sucederá a Augusto Nardes no período 2015-2016. Em
seguida, será a vez de quem? Claro que do Carreiro, que, com a sua nova
certidão de nascimento, tirou a cadeira de José Múcio Monteiro.
E o canalha fala na
maior “cara de pau” que no caso de assumir a presidência, será uma surpresa: "Pode ser
consequência, mas não que o objetivo seja esse".
Cadeia no bandido!
Um comentário:
Não podemos deixar que o jovem esmoreça. Lembrem-se que o Francisco está apostando em vocês.
Cadeia para os bandidos e cargos eletivos nas mãos de gente de bem, só assim vamos salvar o povo brasileiro.
São Paulo
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