Jorge, Mário ou Francisco, este é o “cara”

Mesmo antes de chegar,

ele já mexeu no vespeiro

Gerson Tavares

 

Não custa lembrar o início da Jornada Mundial da Juventude que chegou ao fim recebendo como "legado" o exemplo de Francisco que deveria ser seguido pelos políticos brasileiros.

Logo que o avião decolou do Aeroporto de Fiumicino, o Papa Francisco fez um alerta para a crise mundial que está ameaçando transformar uma geração inteira de jovens em uma geração perdida, e que muitos podem jamais encontrar um trabalho. Tudo isso ele fez questão de postar durante o voo entre Roma e o Rio de Janeiro e em sua postagem o Papa deixou claro sua preocupação social e, diante dos protestos no Brasil, confirmou: "sua visita vem em um momento muito oportuno".

E como o Francisco não é Papa só por ser, menos de duas horas depois de decolar, sobrevoando o deserto do Saara, ele saiu da primeira classe e se encontrou com os jornalistas no fundo do avião. Foi muito franco ao dizer que não gostaria que os jornalistas fizessem perguntas, alegando que não sabe dar entrevistas.

Conversou com todos os jornalistas sem nenhuma reserva e depois então resolveu escrever aos jovens do mundo que o esperavam no Brasil: "Dentro de algumas horas chego ao Brasil, e já sinto o coração cheio de alegria por em breve estar celebrando com vocês a 28ª JMJ". Foi assim que ele se dirigiu aos jovens, escrevendo em referência à Jornada Mundial da Juventude.

E Jorge Mario começou a sua primeira viagem pelo mundo como Francisco sabendo de tudo que a população brasileira está passando e dando o maior apoio para as manifestações que haviam acontecido até ali. E foi esta uma das causas pela mudança de roteiro da chegada ao País. Foi ele que avisou que antes de qualquer encontro com as autoridades ele queria ter contato com o povo brasileiro.

Como seria bom se essas atitudes de Francisco tocassem um pouco a politicagem brasileira.

Muita coisa boa poderia acontecer.