Foi só o início do golpe
Gerson Tavares
Um
dia alguém deu início nas redes sociais de uma chamada para uma greve para o dia 1º de julho e a coisa foi tomando corpo. Mas o governo tem os líderes
sindicais no bolso do paletó e então imediatamente eles começaram a chamar a
greve geral para o dia 11 de julho.
Muita
gente acreditou nessa “estória da carochinha”, que por ordem do governo foi
divulgada a todo vapor. Como um deputado do PDT de São Paulo é um dos maiores
líderes de sindicato, que não é outro senão o Paulinho da Força, ficou provado naquele
momento que “aquela greve geral”, não passava de uma armação do lá do Planalto.
Mas
como sempre digo, “quem tem, tem medo” e a Dilma não é diferente e temendo que
o "Dia Nacional de Lutas", como foi chamada aquela “greve geral”, que
teria protestos em todo o País, se transformasse em um grande ato contra ela, já que o povo não está mais suportando esses corruptos na
política, organizou com a CUT, que é ligada ao PT, e convocou uma reunião de emergência na
véspera do movimento para pressionar a Força Sindical, como se isso fosse
preciso, a poupar o governo federal.
E
para mostrar que era “uma realidade” aquela pressão, em troca foi feita uma
proposta que a defesa do plebiscito para a reforma política, uma bandeira do PT
e do governo, também ficasse fora do palanque unificado, que iria reunir os dirigentes
das centrais na Avenida Paulista, no centro de São Paulo. Então, depois do
acordo fechado e chancelado por todas as centrais, ficou a garantia que a
manifestação não corresse aquele risco de se transformar em um cabo de guerra
entre sindicalistas.
Tudo
porque alguém mais astuto lembrou que as críticas ao governo seriam certas e,
claro, tudo sobraria para a Dilma. Ficou acertado que no carro de som, onde
estariam os presidentes das centrais, e nas faixas conjuntas não entrariam aqueles
slogans, um que já está nas bocas da população que é, “Fora, Dilma”. Mas também
o “Fica, Dilma” ou mesmo a “reforma política” ficariam esquecidos para não
levar os participantes a entoarem uma sonora vaia, como, aliás, aconteceu na
abertura da Copa das Confederações.
E
para preservar a presidente Dilma vale tudo para aqueles que estão “mamando nas
tetas da República”, e foi então que a CUT, um dos braços petista, resolveu
focar as críticas no Congresso. A UNE, uma entidade estudantil que já é “chapa
branca” desde que o Lindberg Farias foi presidente e agora é dirigida por um
outro partido governista, o PCdoB, também levanta as bandeiras governistas
sempre e poupará a Dilma até onde der.
E
é aí vem aquele papo do Vagner Freitas, o indigno representante dos
trabalhadores e diz: "Não é a CUT que está levando a pauta da Dilma, é a
Dilma que está levando a pauta da CUT". Já um ex-presidente, o Arthur
Henrique da CUT, falou: "Não existe manifestação contra o governo. Ela é a
favor dos trabalhadores".
É
aí que eu falo: “Me engana que eu gosto”.
2 comentários:
essa quadrilha se reúne, cuidado com o que vem à caminho. Sindicalistas, quando são do mal, viram sempre políticos. Assim é a nossa política de hoje, formada por sindicalistas que se aproveitam desse comando fajuto para depois tomar conta de tudo.
Lula fez escola.
São Bernado - SP
Cuidado com essas tentativas de golpe. A última vez que esses aproveitadores iam tentar o golpe, os militares foram mais rápidos e 'ficaram governo' uma temporada.
Brizola que teve escola não soube dar golpe naquela época, o que posso dizer agora, com um bando de aloprados sem escola?
São Paulo
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